Marcelo critica “instrumentalização do medo” pelo poder

O Presidente da República afirmou que a instrumentalização do medo está “na ordem do dia” numa altura em que “existem demasiados poderes que têm medo que o medo acabe”.

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LUSA/CARLOS BARROSO
Marcelo Rebelo de Sousa
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Marcelo acompanhado pelo o presidente da Câmara Municipal de Óbidos, Humberto da Silva Marques LUSA/CARLOS BARROSO
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,Município de Óbidos
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse este domingo existirem demasiados poderes com medo que o medo acabe, considerando a “instrumentalização do medo” para acorrentar os outros como um problema na ordem do dia.

“Há quem tenha medo que acabe o medo”, afirmou o Presidente da República, citando o último livro do escritor Mia Couto, alertando para o que considera ser “a instrumentalização do medo para a limitação, para o acorrentar dos outros”.

Uma questão que Marcelo Rebelo de Sousa diz estar “na ordem do dia” numa altura em que “existem demasiados poderes que têm medo que o medo acabe” e que o Presidente partilhou com o público do Festival Literário Internacional de Óbidos (Folio) no final de uma mesa em que Lídia Jorge e Nuno Júdice debateram “o medo dos escritores”. “O medo faz parte da natureza humana, é natural, é inato”, afirmou o chefe de Estado, considerando que o medo é também “criativo” e estimulador da criatividade.

Marcelo Rebelo de Sousa assistiu ainda a uma conferência sobre o medo proferida por Ricardo Araújo Pereira, inicialmente agendada para o auditório da Casa da Música, com quase 200 lugares, e que teve que ser mudada para o auditório depois de se terem concentrado várias centenas de pessoas para ouvir o humorista.

“Quando me convidaram para falar sobre o medo imaginei uma sala esconsa, com 60 pessoas”, disse Ricardo Araújo Pereira, acrescentando que afinal era “um pavilhão enorme com o Presidente da República na primeira fila”, antes de confessar: “Estou com medo”.

O Folio decorre na vila de Óbidos até ao dia 20 com mais de 210 iniciativas em 450 horas de programação, em torno da literatura. Sob o tema “O Tempo e o Medo” mais de meio milhar de convidados de quatro continentes participam em 16 mesas de escritores, 12 exposições e 13 concertos que integram a programação.

Organizado em cinco capítulos (Autores, Folia, Educa, Ilustra e Folio Mais) o festival teve a sua primeira edição em 2015, num investimento de meio milhão de euros, comparticipados por fundos comunitários, sendo desde então custeado pela autarquia e por parceiros institucionais.

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