Presidente equatoriano decreta recolher obrigatório em Quito. Indígenas aceitam negociar

Equador está paralisado há mais de uma semana por protestos contra o fim dos subsídios do preço dos combustíveis.

Fotogaleria
LUSA/Jose Jacome
Fotogaleria
Reuters/DANIEL TAPIA
Fotogaleria
LUSA/Jose Jacome
Fotogaleria
LUSA/Jose Jacome
Fotogaleria
LUSA/Jose Jacome
Fotogaleria
LUSA/Jose Jacome
Fotogaleria
LUSA/Jose Jacome
Fotogaleria
Reuters/HENRY ROMERO
Fotogaleria
Reuters/Carlos Garcia Rawlins
Fotogaleria
LUSA/Paolo Aguilar
Presidente do Equador
Fotogaleria
Reuters/HENRY ROMERO
Fotogaleria
Reuters/IVAN ALVARADO
Quito
Fotogaleria
LUSA/Jose Jacome
Fotogaleria
LUSA/Jose Jacome
Fotogaleria
Reuters/HENRY ROMERO
Fotogaleria
Reuters/CARLOS GARCIA RAWLINS
Fotogaleria
LUSA/ELVIS GONZALEZ
Fotogaleria
LUSA/Paolo Aguilar
Fotogaleria
LUSA/Paolo Aguilar
Fotogaleria
Reuters/IVAN ALVARADO
Fotogaleria
LUSA/Jose Jacome
Quito
Fotogaleria
LUSA/Jose Jacome
Fotogaleria
LUSA/Jose Jacome
Fotogaleria
Reuters/HENRY ROMERO

Um grupo indígena que ao longo da última semana tem liderado os protestos contra o aumento do preço dos combustíveis que têm paralisado o Equador afirmou este sábado que aceitou negociar com o Presidente do país, Lenín Moreno. Poderá ser o primeiro sinal de desbloqueio num conflito marcado por protestos violentos, bloqueio de estradas e greves nos transportes e educação.

O anúncio da Conaie, uma coligação de movimentos indígenas, acontece ao décimo dia de protestos contra o plano de austeridade de Moreno. Este sábado foram incendiados edifícios e bloqueadas várias estradas de acesso ao aeroporto de Quito, a capital do país.

Segundo a agência Reuters, Moreno decretou entretanto um recolher obrigatório e a mobilização de militares para Quito e várias regiões vizinhas. “Isto facilitará o uso da força pública contra o excesso intolerável de violência”, disse Moreno no Twitter. Na terça-feira, e pressionado pelos protestos, o Presidente do Equador retirou a sede do Governo da capital.

Os protestos foram motivados pela decisão do Governo em acabar com subsídios ao combustível decretados pelo anterior Presidente, Rafael Correa, o que causou um aumento do preço da gasolina superior a 100%.

Um dos líderes da Conaie disse ao canal de televisão local Ecuavisa que as negociações deviam ser feitas em público e ser transmitidas através dos meios de comunicação social, sendo que estas são algumas das condições do grupo para iniciar conversações com o Governo. “Não vamos conversar com as portas fechadas. Tem de ser com o povo equatoriano [a ouvir]”, disse Leonidas Iza ao canal, acrescentando que terão de existir grandes ecrãs para que todos os comentários dos membros da organização sejam ouvidos.

O presidente da Câmara de Quito, Jorge Yunda, disse que o Governo aceitou “analisar” a eventual revogação do decreto que pôs termo aos subsídios do combustível, apesar de Moreno ter assegurado há dias que recuaria face aos protestos e que considerava a eliminação dos subsídios uma “decisão histórica”. “É essencial para que a nossa economia seja saudável”, justificou. A medida deverá traduzir-se em poupanças de 1,4 mil milhões de dólares para as contas públicas.

O centro da cidade de Quito assemelha-se de momento a um cenário de guerra. Nos últimos dias, milhares de pessoas têm ocupado estradas e saqueado lojas. Na capital, o presidente da câmara decretou o estado de emergência para manter os serviços básicos em funcionamento. Também em Guayaquil foram encerradas todas as pontes e vários acessos rodoviários. Jorge Yunda pelou a outros autarcas para actuarem como mediadores entre os grevistas e o Governo para normalizarem a situação. 

Desde o dia 3 de Outubro já foram registadas cinco mortes e mais de mil feridos por causa dos confrontos. Mais de 1100 pessoas foram detidas.

Sugerir correcção
Comentar