Nação Valente, de Sérgio Godinho, vai receber o Prémio Pedro Osório da SPA

O disco Nação Valente, de Sérgio Godinho, é o vencedor desde ano do Prémio Pedro Osório, anunciou a Sociedade Portuguesa de Autores. A entrega será no início do próximo ano, em data a anunciar pela SPA.

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Sérgio Godinho Arlindo Camacho

O Prémio Pedro Osório para melhor CD de um cantor-autor actual foi atribuído a Sérgio Godinho pelo seu CD Nação Valente, de 2018, anunciou a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), adiantando que a distinção será entregue no princípio do próximo ano.

A SPA, no seu comunicado, sublinha “também a qualidade global da obra de Sérgio Godinho que, nos últimos anos, se afirmou também como autor de livros de ficção narrativa. Com uma carreira discográfica iniciada em 1972 com um disco gravado em Paris com direcção de José Mário Branco, Sérgio Godinho é um dos mais destacados e influentes autores e intérpretes de sempre na história da música portuguesa.”

O disco agora distinguido tem produção de Nuno Rafael (com quem Sérgio colabora há vinte anos) e conta com a participação, a par da banda que regularmente o acompanha, de vários músicos como parceiros de composição. Todas as letras são de Sérgio Godinho, à excepção de uma, Delicado, com letra e música de Márcia. Sérgio assina letra e música em duas canções, Baralho de cartas e Noites de Macau, deixando nas restantes a música a outros autores: Hélder Gonçalves em Artesanato e Nação Valente; David Fonseca em Grão da mesma mó; José Mário Branco em Mariana Pais, 21 anos; Nuno Rafael em Tipo contrafacção; Filipe Raposo em Noite e dia; e Pedro da Silva Martins em Até já, até já.

Nação Valente, lançado em Janeiro de 2018, foi classificado com 5 estrelas no PÚBLICO e com esta nota crítica: “Se Coincidências [de 1983, com parcerias com Chico Buarque, Milton, Ivan Lins, João Bosco e Novelli] é uma obra-prima de Sérgio Godinho, Nação Valente, nascido trinta e cinco anos depois, pede meças a tal estatuto: é o melhor dos discos que Sérgio já gravou neste século e entra na lista dos seus melhores de sempre.” 

Criado para homenagear Pedro Osório, compositor, maestro e pianista que integrou a Direcção e a Administração da SPA, este prémio já foi atribuído a Jorge Palma (entregue em 2012, pelo disco Com Todo o Respeito), Rão Kyao (2013, Coisas que a Gente Sente), Pedro Abrunhosa (2014, Contramão), Janita Salomé (2015, Em Nome da Rosa), José Cid (2016, Menino Prodígio), Fernando Tordo (2017, Outro Canto), Júlio Pereira (2018, Praça do Comércio) e Luís Represas (2019, Boa Hora​).

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