Morte aos abstencionistas

Sou contra a diabolização da abstenção. É perfeitamente racional uma pessoa não se dar ao trabalho de votar.

Nas eleições deste fim-de-semana, a abstenção ganhou. O aumento da taxa de abstenção é um facto consistente da nossa democracia. Nas eleições de 1980, foi 16%; em 1991, subiu para 32%; em 2002, atingiu os 39%. Em 2015 e 2019, a abstenção só em território nacional foi 43 e 46%, respectivamente. Como sempre acontece em período eleitoral, os nossos governantes mostram-se muito preocupados com a abstenção, chegando o presidente a dizer que os abstencionistas perdem “autoridade para depois criticarem os políticos”. Os abstencionistas são um pouco menos cidadãos.

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