Farta de ver as suas publicações privadas no jornal, a mulher de Rooney criou a armadilha perfeita para o “traidor”

A mulher do futebolista Wayne Rooney via continuamente partes do seu Instagram privado, aberto apenas a amigos, no The Sun. Pôs em prática um plano que enganou o pressuposto “infiltrado” e o jornal, que publicou várias histórias falsas.

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Coleen e o marido, o jogador Wayne Rooney Reuters
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Coleen Rooney, a mulher do jogador Wayne Rooney, decidiu descobrir como iam as suas histórias parar ao tablóide britânico Reuters/Jason Cairnduff
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Rebekah Vardy terá sido quem divulgou todas as falsas histórias que Coleen ia publicando Reuters/Dylan Martinez

“Isto foi um peso na minha vida durante anos”, escreve esta quarta-feira Coleen Rooney no seu Twitter, contando a história de como lançou a armadilha perfeita para descobrir qual dos seus amigos andava a recolher as suas informações e imagens privadas e a passá-las ao The Sun, o jornal-mor britânico do sensacionalismo. “Finalmente cheguei ao fundo da questão”, lança a mulher do futebolista Wayne Rooney, antes de nomear a acusada do “crime”, Rebekah Vardy, uma “amiga” também casada com outro célebre jogador britânico, Jamie Vardy. A história está a tornar-se viral, somando centenas de milhares de interacções e partilhas.

“Durante alguns anos, alguém em quem eu confiava para seguir-me na minha conta pessoal do Instagram andou a informar constantemente o The Sun sobre os meus posts e stories privados”, conta, referindo que teria sido passada ao jornal muita informação sobre ela, os amigos e a família – “tudo sem a sua permissão ou conhecimento”.

“Depois de muito tempo a tentar descobrir quem seria”, acabaria por ter uma suspeita principal, “por várias razões”. Mas como prová-lo? Coleen teve uma ideia: “bloqueei todas as pessoas de verem as minhas stories no Instagram excepto uma”, a suspeita. Nos cinco meses seguintes, publicou uma série de histórias falsas, “para ver se elas iriam parar ao The Sun”. Resultado: as histórias foram mesmo publicadas pelo jornal

E dá exemplos do que inventou e do que foi publicado. Por exemplo, o caso de um pressuposto tratamento de “selecção de género” que teria feito no México para poder ficar grávida de uma menina (publicada aqui pelo The Sun), o seu “regresso à televisão” (aqui), ou uma pretensa inundação da sua mansão (aqui).

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Uma das histórias publicadas pelo jornal

Coleen confessa que foi difícil passar estes meses calada, “especialmente depois de as histórias terem sido publicadas”. Mas “agora sei que perfil e que pessoa” foi responsável, até porque, garante, guardou print screens de todas as publicações falsas que fez e onde só surge uma pessoa a vê-las, precisamente Rebekah Vardy, cujo nome revela no final da sua mensagem.

Vardy já reagiu, publicando no Instagram uma mensagem em que nega ter sido ela a trair a confiança da amiga. “Gostava muito de ti e perturba-me que tenhas feito isto, especialmente numa altura em que estou tão grávida”, assegura, parecendo ainda lançar a hipótese da sua conta de Instagram ter sido pirateada. Enquanto isso, o The Guardian lembra que Vardy já tinha vendido artigos ao The Sun, caso de um exclusivo sobre as suas relações amorosas.

O jornal The Sun também já reagiu e à sua maneira: “Coleen Rooney acusa Rebekah Vardy de passar histórias sobre ela” é o título. O tablóide publica a mensagem de Coleen, o “contra-ataque” de Rebekah e acrescenta: “Cada uma das histórias passadas ao The Sun foram apresentadas a representantes de Coleen antes da publicação, e em cada ocasião declinaram fazer comentários.” E acrescenta uma pescadinha de rabo na boca: o The Sun cita um anónimo “porta-voz do The Sun” que comenta a acusação feita ao The Sun. Este apenas indica: “Como todas as organizações de comunicação social respeitáveis, não fazemos comentários sobre fontes.” 

A polémica chega numa altura em que o Sun e o Daily Mirror, ambos do grupo News Group Newspapers, estão a ser processados pelo Príncipe Harry por “hackearem” o seu telefone.

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