Cartas ao director

Boletim de voto

Já reparara nesta “incongruência” nas anteriores eleições europeias e  mantém-se. O boletim de voto protege os partidos PAN (principalmente), Livre e Chega, os quais têm os seus nomes todos em maiúsculas, enquanto os demais aparecem com maiúsculas apenas na primeira letra de cada palavra. Por exemplo: Partido Socialista ou Bloco de Esquerda, por um lado; PESSOAS - ANIMAIS - NATUREZA, por outro. Nos dois outros partidos beneficiados, nota-se menos,  pois têm apenas uma palavra e curta: CHEGA e LIVRE. Porquê esta diferença de tratamento?

Manuel  Arons Carvalho, Alfornelos

Boa gestão dos bens públicos

Sempre que se vota, existe a esperança de ver melhorar a gestão do Estado e dos bens públicos… Como afirmou em entrevista a este jornal, em 5.9.2018, João Cardona Gomes Cravinho, ex-ministro da Indústria e Tecnologia do IV Governo Provisório (26 de Março/8 de Agosto de 1975), que teve posteriormente a seu cargo o Planeamento e Administração do Território, no XIII Governo Constitucional (28.10.1995 /15.1.1999), para inverter a gestão dos bens públicos, que desde os anos 90 do século XX facilita a corrupção, é preciso recuperar os serviços jurídicos nos ministérios que foram sendo enfraquecidos e extintos, sendo substituídos por escritórios de advogados que fazem as leis e defendem interesses privados.

Ao juntarmos as palavras do Prof. Álvaro Domingues, nas Metamorfoses sobre a implementação de determinadas medidas entretanto legitimadas por especialistas (cujo resultado também foi encomendado) os eleitores receiam uma vez mais o resultado do seu zelo em contribuir para a democracia portuguesa.

Luísa Villarinho Pereira, Carcavelos

Acordo ortográfico

Tenho acompanhado de muito perto a “saga AO90”. Aliás, tinha amigos directamente ligados ao processo. Cheguei a publicar alguns comentários e continuo a estudar o que está em causa e a tomar nota de opiniões. Gostaria de participar em seminários ou palestras em que se possa discutir a sério este grave tema. Não consegui ainda comprar o livro de Nuno Pacheco e foi-me impossível acompanhar tudo o que de interessante veio no PÚBLICO. Para já, penso que o PÚBLICO possui as melhores condições para sintetizar o decorrer deste “processo-crime”, clarificar a situação e apresentar opiniões fundamentadas. Gostaria de poder responder a perguntas como estas:

Houve e haverá ainda sinais de corrupção na “composição» e “imposição” do AO90? Ilegalidades? Lobby's financeiros, políticos, de promoção pessoal…? Vantagens e desvantagens: para os lusófonos europeus e lusófonos em geral. Do ponto de vista quer linguístico quer de novo ordenamento gráfico e fonético, sem esquecer custos para famílias, escolas, empresas… Que pontos importantes ou conceitos-chave estão a ser ignorados ou ocultados? Pode-se falar de “crime cultural"?

Manuel Alte da Veiga, Aveiro

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