A velocidade ajudou a acentuar o domínio dos EUA nos Mundiais

Competição terminou neste domingo em Doha com a China fora do pódio. Portugal, com uma medalha, ficou em 27.º.

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Reuters/DYLAN MARTINEZ

Nia Ali, de regresso aos blocos depois de ter dado à luz o segundo filho, foi uma das figuras do derradeiro dia dos Mundiais de atletismo, disputados em Doha, Qatar. A norte-americana arrecadou a medalha de ouro nos 100m barreiras, contribuindo para reforçar o domínio dos EUA no palmarés da competição.

Em 2016, no Rio de Janeiro, Nia Ali já tinha arrebatado a medalha de prata, curiosamente depois do nascimento do primeiro filho. Neste domingo, comandou e triunfou na prova com a melhor marca pessoal (12,34s), vendo a compatriota Kendra Harrison, que ganhara 10 corridas consecutivas nesta época, chegar à prata, com 12,46s (a jamaicana Danielle Williams fechou o pódio, com 12,47s).

Para as 29 medalhas norte-americanas contou também a prestação das duas equipas de estafetas, na prova de 4x400m. Na masculina, Fred Kerley, Michael Cherry, Wilbert London e Rai Benjamin arrebataram o ouro com 2m56,69s (batendo a Jamaica por mais de um segundo); na feminina, Phyllis Francis, Sydney Mclaughlin, Dalilah Muhammad e Wadeline Jonathas venceram em 3m18,62s, com uma margem de quase três segundos face à Polónia (a Jamaica foi desqualificada).

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Numa das provas mais aguardadas do dia, Joshua Cheptegei (Uganda) impôs-se nos 10.000m depois de uma corrida muito disputada. O primeiro título mundial do fundista foi alcançado com a melhor marca do ano (26m48,36s), depois de se ter mantido sempre no pelotão da frente até desferir um ataque a Rhonex Kipruto (Quénia) rumo ao triunfo, resistindo a uma última investida de Yomif Kejelcha (Etiópia).

Nos 1500m, o queniano Timothy Cheruiyot melhorou a prestação de há dois anos, em Londres, onde tinha conseguido a medalha de prata. O título mundial em Doha foi alcançado pelo atleta de 23 anos de forma autoritária, liderando a corrida do início ao fim para cortar a meta em 29m26s. A medalha de prata ficou na posse de Taoufik Makhloufi (Argélia), campeão olímpico de 2012, que obteve a melhor marca do ano (3m31,38s).

Portugal, que já tinha encerrado a sua participação, despede-se dos Mundiais com uma medalha de prata, alcançada por João Vieira nos 50km marcha. Um resultado pior do que o obtido há dois anos, na capital inglesa (na altura, Nelson Évora foi bronze no triplo salto e Inês Henriques campeã no 50km marcha), mas melhor do que o de 2015, em Pequim (uma medalha de bronze, novamente de Nelson Évora).

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