Portugueses que assistiram à nomeação de Tolentino Mendonça destacam humildade do novo cardeal

Este sábado, Tolentino Mendonça tornou-se o 46.º cardeal português, numa cerimónia no Vaticano presidida pelo Papa Francisco.

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Nuno Ferreira Santos

Os portugueses que assistiram este sábado à investidura de Tolentino Mendonça como cardeal destacam a humildade do português, considerando que o momento é de orgulho para o país.

“É um momento muito importante para a nossa História. Pessoalmente fico muito emocionada e como portuguesa só posso sentir um grande orgulho de ter uma pessoa maravilhosa a representar a Igreja”, afirmou aos jornalistas a maestrina Joana Carneiro. Para a titular da Orquestra Sinfónica Portuguesa, Tolentino Mendonça pode levar à Igreja Católica, como homem de cultura, “essa sua sensibilidade como artista, como poeta e também um profundo pensador”.

“Conhece bem os artistas do mundo, sabe o que se faz hoje, sabe o que já se fez ao longo dos tempos e penso que é uma pessoa muito atenta e saberá, com certeza, trazer essa sensibilidade às suas funções”, declarou.

O professor da UCP Fernando Ferreira Pinto referiu que Tolentino Mendonça, que foi vice-reitor desta instituição de ensino, “como colega é um homem extraordinário de uma bondade inexcedível e uma tranquilidade total”, além de “um belíssimo amigo”.

Já Marta Arruda, que estudava na UCP quando Tolentino Mendonça foi aí capelão, realçou a alegria de o ver como cardeal.

“A maior alegria que eu tenho é saber que há uma pessoa, que é uma pessoa humilde, que acredita numa Igreja humilde e do povo, ser esta pessoa que vem para aqui dentro da Igreja”, observou.

Marta Arruda, que se encontrava na Praça de São Pedro, realçou que Tolentino Mendonça “vai estar numa missão maior do que aquela que tem hoje em dia”, sendo que, no seu entender, pode levar à Igreja “o regresso ao essencial”.

O marido de Marta Arruda, Frederico Arruda, sublinhou que “é um grande momento também para a História de Portugal e para a História da Igreja”, que “é trazer para o seio da Igreja um padre humilde, mas de uma sensibilidade extraordinária”.

Para Frederico Arruda, o futuro cardeal tem “uma capacidade de empatia e de acolhimento” que vai “trazer grandes vantagens a esta máquina mais central da Igreja e percebe-se que este Papa vai nesse caminho e vai permanecer nesse caminho”.

“A nossa História é uma História de missão, de irmos além-fronteiras. E D. Tolentino tem exactamente isso, tem esta essência do português. Somos pequeninos, mas somos muito grandes, temos uma herança espiritual”, declarou.

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