Freguesia de Mirandela não quer votar na casa mortuária

A urna vai ser instalada num outro espaço do salão paroquial, “onde se fazem convívios e formações”, explicou o presidente da Junta de Vale de Madeiro.

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Casa mortuária de Vale de Madeiro, em Mirandela António Gonçalves Rodrigues

Os 120 eleitores inscritos em Vale de Madeiro, uma aldeia anexa da freguesia de Mirandela, já não vão precisar de votar na casa mortuária, como aconteceu nas eleições para o Parlamento Europeu, depois de algum desconforto demonstrado esta semana por alguns habitantes.

Em causa, segundo explicou ao PÚBLICO Vítor Correia, presidente da Junta de Freguesia de Mirandela, que tem 11 mil eleitores, está o facto de a antiga escola primária da aldeia estar “muito degradada”, o que levou a que nas eleições Europeias, a urna de voto tivesse sido colocada na sala do salão paroquial onde habitualmente se fazem os velórios.

“Até hoje ninguém nos fez chegar nenhuma queixa”, vincou. No entanto, perante o desconforto demonstrado por alguns habitantes durante esta semana pelo local escolhido para a instalação da urna de votos, Vítor Correia promete alterações.

“Já falei com os responsáveis da comissão fabriqueira para fecharem a porta daquela sala. A urna ficará colocada num outro espaço do salão paroquial, onde se fazem convívios e formações”, explicou o autarca.

A antiga escola primária será, também, alvo de uma remodelação “dentro em breve”, pois o espaço “tem estado desocupado e nem tem casas de banho”.

“No salão paroquial, os próprios elementos das mesas de voto têm melhores condições, pois ali existe água, luz, saneamento e casas de banho”, referiu Vítor Correia, que deixa a promessa de uma reunião com a população, depois das eleições Legislativas, para “ser encontrada outra solução”.

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