Salah impediu desastre em Anfield, Suárez fez o mesmo em Camp Nou

Por pouco que o Liverpool não deixou fugir a vitória frente ao Salzburgo. Barcelona esteve a perder com o Inter, mas deu a volta.

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Salah evitou um grande embaraço para o campeão europeu Reuters/ANDREW YATES

O Liverpool, campeão em título, teve de puxar dos galões em pleno Anfield para evitar que um resultado tranquilo (3-0 aos 36’) se transformasse num autêntico desastre, frente a um Salzburgo que acabou por mostrar que a entrada arrasadora — goleada (6-2) ao Genk, na primeira jornada — não fora obra do acaso.

Os golos de Sadio Mané (9’), Andrew Robertson (25’) e Mohamed Salah (36’) pareciam suficientes para reduzir a cinzas quaisquer ambições austríacas. Mas o sul-coreano Hee-chan Hwang (39’), de quem o holandês Virgil van Dijk não se esquecerá tão cedo, tinha outros planos. De repente, com o japonês Minamino (56’) e o inevitável Haaland (60’) a igualarem (3-3), Anfield viajou até à final de 2004/05, em Istambul, onde o Liverpool recuperou de claros 3-0 ao intervalo para o 3-3 que ditou o desempate nos penáltis em que o AC Milan deixou escapar a Liga dos Campeões. Só que desta vez no papel de vítima.

Valeu Salah (69’) a resolver um problema que poderia adquirir proporções inimagináveis, depois de a equipa ter entrado a todo o vapor. Curiosamente, o golo de Sadio Mané nem sequer foi o mais rápido da noite. Em Camp Nou, o argentino Lautaro Martínez (3’) confirmava o momento complicado que os gigantes espanhóis vivem, com o Barça a ver-se na pele do rival Real Madrid.

O Inter de Milão marcou cedo e esteve sempre mais perto de ampliar do que de ver os catalães anularem a desvantagem. Nélson Semedo, na lateral esquerda, evitou, antes do intervalo, dois golos para os italianos, que podiam ter resolvido o encontro numa primeira parte desastrosa dos blaugrana. Só que Luis Suárez haveria de entrar em cena para mudar a história do encontro com um bis que arrasou os italianos. Antes, o uruguaio reclamara penálti que o VAR recusou, erro compensado pelos excelentes golos do Barcelona, com um toque de Messi no decisivo.

Afectado pelo vírus que parece ter atacado os clubes espanhóis na Champions, o Valência — com Gonçalo Guedes a titular e Thierry Correia no banco — viu o marroquino Hakim Ziyech (8’) assinar um monumental golo. Desvantagem que os andaluzes podiam ter anulado pouco depois, não fosse Dani Parejo ter desperdiçado um penálti (25’). Quinçy Promes (34’), a passe de Van de Beek, aumentava a vantagem do Ajax, que até poderia ter recolhido aos balneários a vencer por margem mais folgada, caso a trave não tivesse devolvido o remate de Ziyech (42’). Mas a sentença estava escrita e Van de Beek (67’) dissipou todas as dúvidas.

A noite teve ainda um Lille-Chelsea, com José Fonte e Renato Sanches do lado francês. Os londrinos ganharam vantagem por Abraham (22’), que o nigeriano Osimhen (33’) anulou. Mas a última palavra foi de Wilian (78’), a fazer pender a vitória para os ingleses. Mais autoritário, o Lyon venceu em Leipzig (0-2), com golos de Depay (11’) e Terrier (65’), juntando-se ao Zenit no comando do Grupo do Benfica.

De tarde, já Genk e Nápoles, do Grupo E, e Slavia de Praga e Borussia Dortmund, do Grupo F, haviam dado o pontapé de saída na jornada, com os internacionais portugueses Mário Rui (Nápoles) e Raphael Guerreiro (Dortmund) nos respectivos onzes iniciais. Mário Rui, com problemas musculares, foi forçado a abandonar aos 33 minutos de um jogo em que os italianos entraram melhor mas foram incapazes de marcar. Milik desperdiçou um par de oportunidades flagrantes, levando a bola à barra e os belgas a acreditarem na vitória. A mudança de atitude foi evidente e o Genk obrigou mesmo o guarda-redes Alex Meret a intervenções providenciais para evitar a derrota dos napolitanos. Em Praga, o Slavia não encontrou antídoto para o marroquino Achraf Hakimi, que assinou um bis (35 e 89’) que valeu a primeira vitória dos alemães.

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