Cristas confessa “o encanto” por Coimbra e pelo “fado do estudante”

A presidente do CDS-PP defendeu, durante uma passagem pela cidade de Coimbra, que a cultura “vale mais do que percentagens do PIB” e recordou a política cultural do Governo.

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LUSA/PAULO NOVAIS

Assunção Cristas, presidente do CDS-PP, afirmou esta segunda-feira que a Cultura vale mais do que uma percentagem do PIB, depois de confessar “o encanto” pelo fado de Coimbra, durante uma breve serenata na escadaria do Quebra-Costas.

Depois de ouvir três fados, incluindo Coimbra tem mais encanto, ao lado do candidato do CDS pelo distrito, Rui Lopes da Silva às legislativas de 6 de Outubro, a líder centrista afirmou o seu encanto pela cidade que é Património da Humanidade da UNESCO, da Alta universitária À Rua da Sofia, na Baixa, mas também o “património imaterial” da canção de Coimbra, que o “país normalmente conhece como fado do estudante de Coimbra”.

“Valorizarmos a cultura, a cultura que está ligada às nossas raízes, à nossa identidade e que é um factor de coesão social e que em cada dia, em cada momento se reinventa e se projecta para o futuro”, disse aos jornalistas. E para quem quer saber quanto vale, em percentagem, a Cultura num orçamento, a presidente centrista não dá uma resposta directa.

“A cultura vale mais do que percentagens do PIB. Vale, sobretudo, aquilo que nós conseguimos fazer com ela, que é criar uma rede nacional de valorização da nossa cultura, da nossa identidade e também de a tornar um verdadeiro elemento estratégico nacional”, afirmou, acrescentando que isso “tem que ser feito, quer ao nível da governação, quer na articulação com os municípios, mas também com todos os agentes culturais”, na criação, na área da preservação patrimonial, património material e imaterial.

Olhando para os quatro anos do PS no poder, Assunção Cristas recordou “a contestação, não conhecida e nunca vista, à política cultural do Governo” e as propostas feitas pelo seu partido, como os seis por cento de IVA para os espectáculos e o muito trabalho que há a fazer.

Um trabalho, acrescentou, que passa por “valorizar os territórios, as cidades, as zonas do país e, em ligação, criar uma verdadeira rede nacional de cultura que junta património material e imaterial, que junte o sector público, também com o sector privado”, que ligue a educação, mas também o turismo e torne a cultura num “grande factor estratégico nacional”.

A comitiva de militantes do CDS, alguns deles de bandeiras, desceu do paço das escolas, na Universidade de Coimbra, até à Sé Velha, para uma fotografia, e já junto do Quebra-Costas ouviu alguns gritos de “fascistas, vão para a Alemanha”.

Confrontada com esta frase e questionada se ficou incomodada, Cristas deu uma resposta curta, numa frase: “Não nos incomodam gritos que não se podem dirigir a nós, por não terem nada a ver connosco.”

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