Tribunal confirma mais um julgamento de Sarkozy

Processo diz respeito a financiamento ilegal da sua campanha para a reeleição em 2012 (que perdeu). Em Junho confirmara-se outro processo, por alegado financimento líbio da campanha de 2007 (que venceu).

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Muammar Kadhafi e Nicolas Sarkozy: o antigo presidente pode ser acusado por financimento ilegal de campanha, vindo do regime líbio Reuters

O mais alto tribunal francês rejeitou esta terça-feira um recurso do antigo Presidente francês, Nicolas Sarkozy, para evitar um julgamento sobre suspeitas de financiamento ilegal de campanha.

O caso volta assim para os procuradores que decidirão se avançam com uma acusação de fraude contra Sarkozy, cujo partido, UMP (União para um Movimento Popular), é suspeito de ter contratado uma empresa de relações públicas para esconder o verdadeiro custo da sua tentativa, falhada, de ser reeleito em 2012.

Para ultrapassar os limites estritos de gastos na campanha, a empresa Bygmalion terá passado recibos por serviços ao partido e não à campanha, o que permitiu gastar o dobro das verbas.

Sarkozy nega qualquer irregularidade. Na eleição de 2012 foi derrotado pelo socialista François Hollande.

Sarkozy vai, de qualquer modo, ser julgado num caso independente deste. Em Junho confirmou-se que o antigo Presidente vai ser acusado por tráfico de influência e corrupção de um juiz do Tribunal da Relação de Paris, na primeira vez que um ex-Presidente francês será julgado por corrupção (Em 2011, Jacques Chirac foi condenado a pena suspensa, mas por uso indevido de dinheiros públicos, não por corrupção.)

Este caso envolvendo Sarkozy teve origem em escutas ao telefone do ex-Presidente devido a suspeitas de que tinha recebido dinheiro do líder líbio Muammar Kadhafi para financiar a campanha para as presidenciais de 2007, que venceu. Sarkozy discutiu com o seu advogado, também acusado, como poderiam corromper um juiz para evitar entregar agendas que o poderiam comprometer. 

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