O homem transparente

Joaquin Phoenix não transporta o filme de Todd Phillips; ele é o filme, transformando um vilão de BD num niilista Nietzscheano numa Nova Iorque saída dos clássicos dos anos 1970.

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Uma criação extraordinária, dolorida e transfigurada de Joaquin Phoenix, que não é apenas performativa mas completamente habitada
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Já não é de agora que o cinema americano contemporâneo ergue a modelo o seu próprio passado da década de 1970, mas essas referências parecem estar cada vez mais presentes num momento em que o presente e o futuro da produção e da distribuição são tudo menos óbvios, como se o passado fosse um lugar de conforto ou um porto seguro. A ironia, contudo, impõe-se: Martin Scorsese teve de ir ao Netflix para conseguir filmar O Irlandês porque a Paramount não quis arriscar; mas a Warner não hesita em deixar Todd Phillips (A Ressaca) pegar numa das suas “propriedades intelectuais” mais preciosas para a tornar num filme de… Martin Scorsese. (Ainda bem que o fez, diga-se, mas a questão mantém-se.)

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