Porto deve falhar metas de redução de emissões de CO2 para 2020

Vice-presidente da Câmara e titular do pelouro do Ambiente, Filipe Araújo considera que o compromisso ambiental assumido no âmbito do Pacto dos Autarcas foi traído pelo desinvestimento em renováveis e nos transportes nos anos da crise. Mas, em contrapartida, acredita que agora há condições para ser mais ambicioso e para rever até a perspectiva de redução destes gases assumida para 2030.

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Filipe Araújo acredita que o Porto pode cortar as emissões em mais de 50%, até 2030 Nelson Garrido

A Câmara do Porto não deverá conseguir atingir, em 2020, a redução de 45% das emissões de gases com efeito de estufa a que se tinha proposto em 2008, no âmbito do Pacto dos Autarcas para a Energia. Antecipando esse desfecho, o deputado municipal Pedro Lourenço,​ do BE, acusou na última assembleia municipal a maioria liderada pelo independente Rui Moreira de estar a “perder por falta de comparência” o combate às alterações climáticas. Uma crítica contundente - que o líder da autarquia tentou refutar - motivada também pela ausência, no Porto, de iniciativas associadas ao Dia Europeu Sem carros, que Rui Moreira considerou não passarem de “folclore” sem qualquer efeito concreto nas atitudes dos cidadãos. O responsável pelo pelouro do Ambiente no executivo não vai tão longe na desvalorização deste tipo de iniciativas, mas defende que o município vem dando provas de empenho, e de investimento, numa mobilidade mais sustentável. 

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