Rio elogia independência do Ministério Público no caso Tancos

Neste domingo à tarde, Rui Rio recebeu os apoios de Paulo Rangel e Carlos Encarnação.

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Rui Rio em Coimbra Rui Gaudêncio

No último ponto de campanha do dia - uma sessão de esclarecimento no café Santa Cruz em Coimbra - Rui Rio acabou por elogiar a independência do Ministério Público a propósito do caso Tancos. “Apesar de o Governo ter feito tudo o que eles queriam até os aumentou, eles cumpriram a sua obrigação”, disse, referindo que receia ser mal interpretado com esta declaração.

Já no arranque da iniciativa, o líder do PSD fez uma curta intervenção inicial sobre justiça, defendendo a proposta de uma maioria de não magistrados no Conselho Superior do Ministério Público. Lembrou que tentou cativar outros partidos para um consenso em torno de uma reforma – sem sucesso – mas assegurou que vai voltar a tentar: “Os outros viraram-nos as costas mas nós vamos insistir. Podemos fazer a partir do Governo mas podemos fazer no quadro da Assembleia da República”.

Num dia de agenda reduzida – Rio aproveitou para “descansar” da primeira semana de campanha – a volta começou e acabou no distrito de Coimbra. Eram muito poucos os apoiantes que esperavam Rui Rio em Buarcos, na Figueira da Foz, num domingo quase de Verão. O líder do PSD lá foi distribuindo os lápis por quem aproveitava o final de tarde nas esplanadas. Ao seu lado, a cabeça de lista, Mónica Quintela, foi fazendo as despesas da campanha: deu beijinhos e abraços, e apelou ao voto no dia 6 de Outubro.

O líder do PSD acabou por esbarrar numa mesa em que o interlocutor assumiu: “Cumprimentar, cumprimento, mas não vou votar em si”. Rio disse apreciar a frontalidade e quis saber porquê. Isaque Loureiro foi presidente de junta de Buarcos pelo PS e declarou: “Vou votar nem que seja de ambulância”. A resposta de Rio foi pronta: “Daqui a uns anos vai votar de padiola”.

A caravana seguiu depois para a cidade. À sua espera estava o ex-presidente da câmara Carlos Encarnação, que tinha acusado Rio, há poucos meses, de “esfrangalhar” o partido. Agora, mudou de opinião: “Agora o PSD está a fazer o que deve”. O antigo autarca defende que o PSD “pode ter um bom resultado” mas não antevê a vitória do partido. Mais à frente outra surpresa: Paulo Rangel. Questionado pelos jornalistas sobre se o PSD vai ganhar as eleições, o eurodeputado disse ter o mesmo feeling que Rio, mas não concretizou. Não se quis alongar nos comentários e momentos depois saiu da linha da frente da caravana laranja.

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