Batalhas campais em Hong Kong antes de a China comemorar os 70 anos

A chefe de governo do território irá para Pequim, mas antecipa-se que 1 de Outubro será um dia de grande violência em Hong Kong.

Carrie Lam
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Manifestantes no chão e polícia Tyrone Siu/REUTERS
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Manifestante atira um cocktail molotov Athit Perawongmetha/REUTERS
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Polícia e manifestantes em confronto Tyrone Siu/REUTERS
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Polícia tenta arrancar máscara de Donald Trump a manifestante FAZRY ISMAIL/EPA
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Manifestante apanha uma lata de gás lacrimogéno para atirar à polícia FAZRY ISMAIL/EPA
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Polícia faz detenção Tyrone Siu/REUTERS

Nunca a violência foi tão generalizada em Hong Kong como neste fim-de-semana, em que o movimento pró-democracia assinalou o quinto aniversário do movimento Occupy, e Pequim prepara as comemorações dos 70 anos da fundação da República Popular da China, a 1 de Outubro.

A Reuters descreve batalhas campais na zona comercial de Causeway Bay, na área de bares de Wan Chai e na Admiralty, onde estão localizados os edifícios governamentais. A polícia disparou canhões de água com corante azul para ser mais fácil identificar os manifestantes, usou balas de borracha e uma quantidade enorme de gás lacrimogéneo, e levou como resposta tijolos e bombas incendiárias improvisadas.

Ergueram-se barricadas no meio das ruas, prontamente incendiadas, foram vandalizados carros e lojas, manifestantes ficaram feridos – o mesmo que nos últimos 17 fins-de-semana, mas em pior.

Carrie Lam, a chefe do governo de Hong Kong, viaja para Pequim na segunda-feira para assistir às comemorações oficiais do dia nacional da China. Mas espera-se que a 1 de Outubro as manifestações sejam igualmente violentas no território, onde estão previstas também comemorações do feriado.

Este domingo houve também uma manifestação pró-China em Hong Kong, em que cerca de 200 pessoas com t-shirts vermelhas e bandeiras chinesas se juntaram no cimo do monte Vitória, com vista para o porto, por volta do meio-dia, relata a Reuters. Cantaram o hino chinês e gritaram “amo a China”.

Os manifestantes, disse Angela, uma dona de casa de 40 anos, com um autocolante da bandeira chinesa numa das faces, “são bandidos”. “Se o Governo agir de forma violenta não me oporei”, afirmou. “Já fomos muito tolerantes. Acho que estou com problemas emocionais por causa dos motins. Porque não é seguro sair à rua”, disse.

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