PAN quer poder participar em nova comissão de inquérito a Tancos

André Silva andou no “Vouguinha” para falar da necessidade de apostar na ferrovia.

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O PAN quis mostrar o estado de semi-abandono da linha do Vouga LUSA/ESTELA SILVA

André Silva tem dito que o caso de Tancos não deve contaminar a campanha, mas este sábado, depois de o CDS ter pedido uma nova comissão de inquérito e da CDU ter aprovado a ideia, o porta-voz do PAN não escamoteou nem a gravidade do caso – “mancha a democracia e o sistema político” -, nem a necessidade de serem esclarecidas as responsabilidades políticas que ele envolve.

“A ser verdade o que o Ministério Público acusa, é grave um governante ter mentido a uma comissão de inquérito. Isso é muito claro. Mas não é neste preciso momento que se vai instituir uma comissão de inquérito e que se vai esclarecer tudo”, afirmou aos jornalistas, depois de uma viagem no “Vouguinha” entre Vila da Feira e Espinho.

O PAN estará, pois, de acordo com uma nova comissão de inquérito ao caso de Tancos depois das eleições, mas precisa de mais deputados para poder participar nela, pois os deputados únicos estão impedidos de o fazer. “Todas as comissões de inquérito que sirvam para esclarecer o que não está esclarecido, nós estaremos de acordo, mas será importante que o PAN possa aumentar a sua representação parlamentar significativamente, para poder contribuir para estes trabalhos”, sublinhou.

Ir do centro da Vila da Feira até à estação do Vouguinha são 15 minutos a pé, sempre a subir, pela berma da estrada, sem passeios nem transportes públicos. E chegar dali ao Porto demora, no mínimo, hora e meia, apanhando dois comboios em estações diferentes de Espinho. Foi isso que o PAN quis mostrar neste sábado de manhã aos jornalistas, para falar da necessidade de apostar na ferrovia e da proposta do partido de ligar todas as capitais de distrito até 2035. O investimento previsto são 100 milhões de euros por ano.

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