Só 40 das 68 atletas terminaram a maratona. Salomé Rocha foi 28ª

Salomé Rocha acabou em grande esforço. Muitas atletas desistiram e foram assistidas, retiradas em cadeiras de rodas.

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A bielorrussa Volha Mazuronak e Salomé Rocha tentam refrescar-se numa corrida que começou à meia-noite, com 32 graus Reuters/DYLAN MARTINEZ
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A finlandesa Anne-Mari Hyrylainen, no final da corrida EPA/ALI HAIDER
,Corrida de longa distância
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A vencedora, a queniana Ruth Chepngetich, com Rose Chelimo (segunda) e Helalia Johannes (terceira) LUSA/ALI HAIDER
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Helalia Johannes da Namíbia ficou em terceiro lugar EPA/ALI HAIDER
,Corrida de longa distância
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A italiana Giovanna Epis LUSA/ALI HAIDER
800 metros
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Reuters/HANNAH MCKAY
,Maratona
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Outra maratonista que precisou de assistência EPA/ALI HAIDER
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Sviatlana Kudzelich Doha, Qatar, 28 September 2019. EPA/NOUSHAD THEKKAYIL EPA/NOUSHAD THEKKAYIL

A portuguesa Salomé Rocha terminou este sábado a maratona dos Mundiais de atletismo de Doha na 28.ª posição e, assim que cortou a meta, foi levada em cadeira de rodas para o posto médico. Não foi a única: a prova começou à meia-noite local, mas nem assim as condições foram propícias à corrida, com o calor e a humidade a levarem muitas atletas a desistir e uma a ser levada de ambulância.

A vencedora foi a queniana Ruth Chepngetich, em 2:32.43, que era a melhor da época e provou que se dá bem com as maratonas no Médio Oriente, depois de em Janeiro ter ganhado no Dubai. Campeã há dois anos, Rose Chelimo, do Bahrain, caiu agora para segunda (2:32.43) e a terceira foi Helalia Johannes, da Namíbia (2:34.15).

A maratonista lusa pagou caro a aposta de estar entre as primeiras na primeira metade da prova e, com cerca de hora e meia de corrida, começou a perder posições e tempo para a vencedora, concluindo em 2:58.19 horas.

As condições difíceis que se esperavam até acabaram por ser um pouco piores, com uma temperatura de 32 graus à meia-noite, hora do arranque da corrida, e humidade de cerca de 80 por cento.

Como consequência disso, nenhuma das atletas fez recorde pessoal e houve 26 desistentes, com 40 maratonistas a acabar uma competição sem adesão de público, com a Corniche de Doha quase “deserta” — eram bem mais os polícias, jornalistas e elementos da organização.

O treinador da Etiópia, Haji Adillo Roba, queixou-se à BBC de que nunca teriam corrido naquelas condições no seu país. E a bielorrussa Volha Mazuronak, que ficou em quinto, considerou a decisão de manter a prova desrespeitosa para os atletas: “A humidade mata-te. Não consegues respirar. Pensei que não ia acabar”, queixou-se, criticando os que tomam estas decisões “nos gabinetes com ar condicionado”.

Salomé Rocha disse que o andamento inicial não foi especialmente forte para ela: “Foi o que esperávamos e correspondia aos treinos que fizemos.”

“Tudo estava a correr bem até uma hora e meia de corrida, mas, depois, alterou-se completamente, não consegui mais e só queria era acabar a maratona”, disse a atleta portuguesa, que se estreou na distância após uma aposta inicial em 10.000 metros.

A maratonista, que já tem mínimos para os Jogos Olímpicos, com a marca conseguida este ano em Londres (2:24.47), diz que agora só quer “parar e descansar um pouco, de uma época tão longa”, para regressar em Novembro com novos objectivos.

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