Norte tem a maior esperança de vida à nascença e os Açores a mais baixa

À nascença, portugueses têm uma esperança média de vida de 80,8 anos. A esperança de vida continua a ser maior nas mulheres, mas a diferença está a diminuir em comparação com o valor médio registado para os homens.

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NELSON GARRIDO

Quando nascem, os portugueses podem esperar viver, em média, até aos 80,8 anos. Segundo os dados divulgados, esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), é na região Norte que se verificam os valores mais elevados para a esperança média de vida à nascença: 81,18 anos. A esperança de vida entre homens e mulheres continua a ser diferente — maior para o sexo feminino — mas a diferença está a diminuir.

No triénio 2016-2018, a esperança de vida à nascença para Portugal foi estimada em 80,80 anos para a população total e em 77,78 anos para os homens e em 83,43 anos para as mulheres. “A diferença na esperança de vida à nascença entre homens e mulheres diminuiu 0,37 anos, passando de 6,02 para 5,65 anos”, explica o INE no relatório que acompanha as tábuas de mortalidade.

Todas as regiões aumentaram a esperança de vida à nascença, mas é no Norte que se registam os valores mais elevados para o conjunto da população. São 81,18 anos, que correspondem a uma esperança média de vida de 78,25 anos para homens e de 83,77 anos para mulheres. “Em contrapartida, as regiões autónomas da Madeira e dos Açores são aquelas onde se observaram valores mais baixos, tanto para o total da população, como para homens e mulheres”, diz o INE. São uma média de 78,30 anos e de 77,85 anos, respectivamente.

No caso dos Açores, nos homens a esperança média de vida à nascença é de 74,26 anos e nas mulheres é de 81,31 anos, enquanto que na Madeira é de 74, 34 anos para os homens e 81,44 anos para as mulheres. Ainda assim, a Madeira tem tido uma evolução positiva. Foi a região que nos últimos oito anos registou o maior aumento da esperança média de vida à nascença.

São também os Açores e a Madeira que registam as maiores diferenças de longevidade entre homens e mulheres no período 2016-2018, “onde as mulheres podiam esperar viver em média, respectivamente, mais 7,10 e 7,05 anos do que os homens”.

Numa análise mais fina por regiões, o INE refere que “as maiores esperanças de vida à nascença foram observadas no Cávado (81,81 anos), na Região de Leiria (81,50 anos) e na Região de Coimbra (81,47 anos)”. Em contrapartida, “as menores esperanças de vida à nascença verificaram-se nas regiões autónomas e no Baixo Alentejo, onde a expectativa de vida não atingiu 79 anos”.

Esperança de vida aos 65 anos

Quanto à esperança de vida aos 65 anos, esta atingiu os 19,49 anos para ambos os sexos no triénio 2016-2018. Os homens de 65 anos “poderão esperar viver, em média, mais 17,58 anos e as mulheres mais 20,88 anos”.

Na Área Metropolitana de Lisboa “observaram-se os valores mais elevados de esperança de vida aos 65 anos para o total da população e para as mulheres”: 19,81 anos e 21,37 anos, respectivamente. A maior longevidade aos 65 anos para os homens registou-se na região Norte: 17,92 anos.

As maiores diferenças de longevidade aos 65 anos entre homens e mulheres registaram-se na Madeira e no Algarve, “onde as mulheres podem esperar viver em média, respectivamente, mais 4,33 anos e mais 3,86 anos do que os homens”. É no Norte que se verificaram as menores diferenças (3,09 anos).

Mais uma vez numa análise mais fina, são as regiões de Terras de Trás-os-Montes (20,14 anos), Região de Coimbra (20,13 anos) e Região de Leiria (20,10 anos) que têm com valores mais elevados da esperança de vida aos 65 anos. Os mais reduzidos, “abaixo de 19 anos, verificaram-se nas regiões autónomas, no Baixo Alentejo e Oeste”.

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