Cartas ao director

Passadiços do Paiva versus passadiço de Serralves

Os passadiços do Paiva com cerca de 8km de extensão, com uma ponte pedonal de 50m a meio, custaram cerca de dois milhões de euros. O passadiço de Serralves com apenas 250m custou cerca de 1,5 milhões de euros. A maior ponte pedonal do mundo (mais de 500m) que está a ser construída precisamente sobre o rio Paiva foi adjudicada por pouco mais. Quem já percorreu os passadiços do Paiva pode constatar da complexidade da concepção/construção dos mesmos. Se o passadiço de Serralves fosse projetado por um arquitecto pouco conhecido de Arouca, Tondela, Mirandela etc. ou a empresa que o construiu ou forneceu materiais também fosse de alguma destas “terrinhas”, já teria sido investigado por uma comunicação social independente por causa do preço obsceno por que foi construído. Até nisto o interior é votado ao desprezo.

Carlos Neves, Santa Maria da Feira

O reitor e a carne de vaca

Amílcar Falcão, reitor da Universidade de Coimbra, fez voo picado sobre o consumo de carne de vaca na cantina da universidade coimbrã anunciando, na recepção aos estudantes, a proibição do consumo desse tipo de carne. Não se compreende tal atitude, quando sabemos como é feito a engorda, o transporte e o abate de outros animais e galináceos consumidos na cantina. Amílcar Falcão teve um comportamento incompreensível e um protagonismo injustificado.

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

Urge reflectir e agir
As sociedades modernas apresentam valores dominantes que, infelizmente, dão origem a conflitos sociais, morais e éticos. Circunstâncias que merecem, a meu ver, uma profunda reflexão referente às atitudes e aos comportamentos do sistema político, judicial e empresarial. Na verdade, são preocupantes e inconcebíveis as enormes incongruências entre os diferentes países do mundo e toda a situação a que chegámos: alterações climáticas, crises migratórias, escravatura humana (…). Conjuntura cujo epicentro, para muitos, está confinado a jogos de poder e de interesses pessoais que influenciam de forma negativa o equilíbrio social e ambiental. E apesar das inúmeras conferências e cimeiras cujo intuito principal é debater os problemas dramáticos no mundo, continuam a imperar as incompreensões de alguns governantes e as estratégias pouco consistentes na prática. Mas, será utopia acreditar na possibilidade de contrariar as situações perversas para a humanidade? Assim, haja capacidade de aprender com os erros que nos tornou destruidores do nosso planeta.
Manuel Vargas, Aljustrel

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