O que está em causa nas legislativas? Para o CDS “é o ar que se respira” e “o futuro dos nossos filhos”

Nuno Melo e Telmo Correia dramatizam mensagem em Famalicão.

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Nelson Garrido
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A dramatização tem sido uma constante na campanha no CDS. Na noite desta terça-feira, em Famalicão, foi elevada a patamares ainda mais altos. O que está em causa nestas eleições? Para Nuno Melo “é o ar que se respira” e para Telmo Correia é o “futuro dos nossos filhos”. Cristas acabou por ter o discurso mais suave.

O primeiro a falar foi o eurodeputado Nuno Melo, que pertence à distrital de Braga. E falou com um discurso muito duro para os partidos de esquerda, que, diz, “querem destruir todos os valores” com que os militantes do CDS “foram criados”.

“O que está em casa nesta eleição é a vitória do centro-direita sobre a esquerda e o PS. É o CDS e PSD terem mais um deputado que seja sobre os partidos à nossa esquerda”, começou logo por afirmar. 

Melo diz que “ninguém se deve impressionar por sondagens que tendem para uma bipolarização”. E, lembrando que foi em Vila Nova de Famalicão que se realizou um dos primeiros congressos do CDS, recordou os tempos em que “o PCP e os partidos que hoje formam o BE lutavam por uma ditadura e o CDS lutava contra isso”.

Fez também referencia aos novos partidos à direita, “que não oferecem nada de novo”, considerando que um voto nestes partidos “só dá força aos partidos à esquerda do CDS”. E para Melo o que também está em causa nestas legislativas “é o ar que se respira”.

Nas criticas de Melo nem o Presidente da República escapou, embora não referisse o seu nome, mas sim uma frase de Marcelo: “Há quem diga que existe uma grande crise na direita. O que existe é uma grande imparcialidade.”

Terminou a falar directamente para Assunção Cristas, dizendo que “merece mais que ninguém ganhar estas eleições”. “Digo-o do coração”. “Não se deprimam com sondagens, acreditem que pode e vamos ter melhor”. “O CDS é o que mais ninguém pode substituir”, concluiu.

Já para Telmo Correia, cabeça-de-lista pelo distrito de Braga, estas eleições estão a decorrer “sobre o signo da “hipocrisia” dos partidos de esquerda e, tal como já antes tinha feito Nuno Melo, criticou os órgãos de comunicação social, que acusou de serem “condescendes” para com os partidos de esquerda, “indo atrás de arrufos” entre estes partidos “que não existem”.

“O que está em causa nestas eleições é mais socialismo ou mais liberdade. (…) É o destino dos nossos filhos que está em causa”, concluiu.

Por fim, Cristas fez uma viagem pelas propostas do CDS, acentuou as diferenças para as propostas da esquerda e do PS e fez um forte apelo ao voto no centro-direita. Especialmente no CDS. “Quem vota no CDS está a votar por uma verdadeira alternativa de políticas para o nosso país. É um voto para somar no espaço político de centro e direita”, afirmou.

Cristas acentuou duas vezes que “esta é uma eleição nova”, garantindo que a “alternativa segura é votar no CDS”. “O PS sem maioria absoluta já governa como governa, imaginem com uma maioria absoluta”, alertou.

“Deixem-nos trabalhar”, pediu.

O jantar em Vila Nova de Famalicão reuniu cerca de 500 apoiantes. O repasto foi vitela estufada.

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