Esgoto a céu aberto em Monsanto deveu-se afinal a erro de ligação de condutas

Medina assumiu que a poluição de Monsanto com esgotos do Festival Iminente foi um erro da câmara.

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Francisco Romao Pereira

Afinal não foi a “ruptura num colector público” a provocar o surgimento de esgotos a céu aberto em Monsanto, mas sim um erro de ligação das condutas de esgotos do Festival Iminente à rede de águas pluviais.

“A razão do acidente foi o facto de a conduta não ter sido ligada à conduta de saneamento, mas sim a uma conduta de águas pluviais”, assumiu esta quarta-feira Fernando Medina, contrariando um esclarecimento que a própria câmara de Lisboa emitiu na segunda-feira. O autarca afirmou que este erro “não pode ser imputável ao promotor” do evento e que “a responsabilidade é do município”.

“Tratou-se obviamente de um acidente que não deveria ter acontecido”, disse Medina, que até sexta-feira conta ter um relatório mais pormenorizado sobre o sucedido. “Trata-se de um erro da câmara de Lisboa”, repetiu várias vezes o autarca. “O festival tem tido uma enorme preocupação de respeito pelo Parque Florestal de Monsanto”, acrescentou.

Na reunião pública de câmara, o vereador João Pedro Costa, do PSD, denunciou que o esclarecimento da autarquia estava “em vários domínios errado” e mostrou plantas que evidenciam que o município autorizou a organização do Festival Iminente a ligar as condutas de esgotos das casas de banho e cozinhas a uma caixa destinada a receber água da chuva. Os promotores do evento, salientou Costa, não sabiam do erro que estavam a cometer, pelo que o licenciamento camarário se deveu, na sua opinião, a “descoordenação” entre vários pelouros.

“O primeiro comunicado da câmara tem incorrecções porque estas conclusões só foram percebidas a posteriori. Veio-se a perceber que não se tratava de uma ruptura”, respondeu Medina.

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