CDU: Jerónimo foi ao Pinhal de Leiria com Heloísa

Líder do PCP foi dar uma ajuda à líder do PEV, que corre o risco de não ser eleita.

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Jerónimo de Sousa com Heloísa Apolónia

A batalha em Leiria é (extremamente) exigente, mas ninguém na CDU a quer dar por perdida à partida. Nem Heloísa Apolónia, que trocou o confortável lugar de candidata por Setúbal pelo topo da lista do distrito de Leiria, nem Jerónimo de Sousa, que recusa qualquer tentativa de “despromoção” da deputada ecologista.

Mas é certo que não haverá mais tempo até às eleições para ir ajudar Heloísa que fez questão de justificar que se aproximou de Leiria nestes últimos anos por causa do incêndio e pela estratégia d’ Os Verdes de defesa da floresta. Há 20 anos que os comunistas não elegem um deputado no distrito – mesmo apesar de, por exemplo, gostarem de voltar sempre à Marinha Grande e recordar a história de luta dos trabalhadores vidreiros.

Mas o dia não era para olhar para a indústria e sim para os transportes e o ambiente. Começou nas oficinas da EMEF, onde Jerónimo de Sousa se regozijou com o facto de a empresa ser reintegrada, em Janeiro, na CP – faz lá algum sentido manter separada a manutenção e a operação de comboios? Louros que puxou para si, tal como os da contratação de algum pessoal no último. O Governo prometeu mais 120, mas o líder comunista quer ver para crer porque isto das promessas e das campanhas tem muito que se lhe diga.

Já na Marinha Grande, a caravana de quase três dezenas de carros fez uma volta (pouco amiga do ambiente) de 50 quilómetros por uma parte do Pinhal de Leiria devastada no incêndio de 2017. E é devastada que continua: a maior parte dos pinheiros queimados ainda está de pé porque a madeira vale muito pouco, a reflorestação não avança e os 14% que não arderam continuam praticamente ao abandono. Uma dúzia de guardas florestais não consegue tomar conta do recado. As propostas? Classificar a mata de Leiria como reserva da biosfera para mudar o tipo de gestão (mantendo-a pública), usar algumas das 50 casas abandonadas dos guardas para instalar um laboratório nacional da mata atlântica e um museu da floresta, promover o usufruto para lazer e a exploração de madeira.

Leia mais sobre o dia da campanha, aqui.

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