Benfica quer reerguer-se a bordo de um “carrossel”

Moreirense e Benfica defrontam-se neste sábado, no Minho, às 20h30, em jogo da ronda 6 da Liga portuguesa.

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Rafa e Halliche na última visita do Benfica a Moreira de Cónegos. LUSA/OCTAVIO PASSOS

A desilusão europeia já lá vai e o Benfica quer “apanhar os cacos” e reerguer-se na I Liga. Para isso, tem de saber andar no “carrossel” minhoto que é o Moreirense, já que a equipa de Moreira de Cónegos tem estado em “sobe e desce” neste início de campeonato.

Já aplicou três golos ao Gil Vicente, derrotou o Portimonense e passou incólume no Bonfim, mas também já foi “despachado” pelo Sp. Braga e pelo Santa Clara. O “carrossel” de resultados faz da equipa treinada por Vítor Campelos um adversário cuja réplica, neste sábado, é difícil de adivinhar. Mas há aspectos que ajudam a prever.

Desde logo, a estatística em termos de remates. O Moreirense é a quarta equipa que menos chuta à baliza e a segunda que mais remates concede aos adversários. Espera-se, portanto, uma “avalanche” do Benfica, disso sejam capazes os “encarnados”, após jogo europeu.

Por outro lado, o Benfica deverá cuidar-se no jogo aéreo: o Moreirense marcou apenas cinco golos na Liga portuguesa, mas três deles foram de cabeça. E o Benfica é, segundo as estatísticas, a segunda equipa da Liga mais frágil no jogo aéreo.

Para o Benfica, este jogo tem, ainda, um tónico adicional, já que poderá significar um “assalto” à liderança da Liga. O líder Famalicão tem uma espinhosa viagem até Alvalade e os “encarnados”, em Moreira de Cónegos, até costumam ser felizes: não só nunca perderam como têm conseguido, boa parte das vezes, vitórias expressivas.

Mas mais do que a história, conta o momento e este diz que o Benfica vai a jogo com o principal goleador da última temporada sob brasas: Seferovic mandou calar os críticos (adeptos ou comentadores?) e terá, frente ao Moreirense, uma pressão adicional na procura dos golos.

Bruno Lage, técnico dos “encarnados” não tem visto o suíço ansioso. “Seferovic é um indivíduo muito tranquilo, que gosta muito do Benfica e, por isso, acabou por renovar. É o homem da frente que mais trabalha colectivamente para a equipa e acho que o gesto nem é tanto para os adeptos”, sintetizou o treinador, acrescentando não o ter visto “ansioso” pelo jejum de golos.

Vítor Campelos, por outro lado, quer aproveitar todo o contexto conturbado num Benfica pós-desaire europeu. “Espero um Benfica forte, como em todos os jogos. Se calhar um bocadinho ferido no orgulho, porque perdeu o último jogo. Mas nós estamos preparados para isso. Jogamos em nossa casa e queremos contrariar a história”, detalhou.

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