Governo prepara mudança de embaixador em Angola e Cabo Verde

A rotação do movimento diplomático já foi enviada para Marcelo Rebelo de Sousa, pois cabe ao Presidente da República nomear por proposta da Governo.

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Augusto Santos Silva na quinta-feira na Bienal de Luanda LUSA/AMPE ROGÉRIO

O Governo português está a preparar a mudança dos embaixadores em Angola e Cabo Verde, no âmbito do habitual movimento diplomático, disse esta sexta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros, sem indicar os próximos diplomatas portugueses destinados nestes países.

Augusto Santos Silva, que falava, aos jornalistas, em Lisboa, apontou que o movimento diplomático “foi reduzido ao mínimo estritamente necessário” este ano, e inclui, nomeadamente, mudanças em Angola e Cabo Verde, onde estão colocados, respectivamente, os embaixadores João Caetano da Silva e Helena Paiva.

“Em Angola, porque o actual embaixador termina o seu mandato e vai ser colocado em outro país igualmente importante, em Cabo Verde sucede o mesmo e em outros países também”, disse Santos Silva, sem especificar.

Confrontado com os nomes dos diplomatas Pedro Pessoa e Costa, primeiro embaixador de Portugal no Panamá, como possível próximo titular em Angola, e do cônsul-geral em Paris, António Albuquerque Moniz, para assumir a missão diplomática em Cabo Verde, Santos Silva lembrou que a nomeação dos embaixadores é uma competência do Presidente da República, mediante proposta do Governo.

“Não posso por razões de respeito institucional confirmar essa informação. O processo está em curso, estive em Angola e verifiquei com agrado que as autoridades angolanas tinham dado o “agrément” que pedimos de uma forma muito célere”, disse.

“Quem nomeia os embaixadores é o Presidente da República e é o Presidente da República que, no fim de um processo relativamente demorado, publica o decreto. Sempre, por regra a proposta que é apresentada [...] é a que o Presidente da República está em condições de aprovar”, acrescentou.

Santos Silva escusou-se, contudo, a adiantar se os nomes em causa integravam a proposta de nomeação de embaixadores remetida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros à Presidência da República.

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