Indicador de actividade económica estabiliza

Indicador quantitativo do consumo privado acelerou de forma ligeira em Julho, depois de um abrandamento nos três meses anteriores.

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O indicador de confiança dos consumidores continuou a aumentar em Agosto Daniel Rocha

O indicador de actividade económica em Portugal estabilizou em Julho, depois de cinco meses em quebra, indica o Instituto Nacional de Estatística (INE) na síntese económica de conjuntura divulgada nesta quarta-feira.

Em Julho registou-se uma ligeira aceleração do indicador do consumo privado, a reflectir “um contributo positivo da componente de consumo corrente”, pois “a componente de consumo duradouro registado um contributo nulo”, apesar de ter aumentado ligeiramente.

Se o indicador qualitativo do consumo, baseado nas opiniões dos empresários do comércio a retalho diminuiu em Agosto, o indicador de confiança dos consumidores continuou a aumentar no mesmo mês (tendência que se verifica desde Abril, depois de cinco meses a recuar).

O indicador de clima económico, disponível até Agosto, também estabilizou, na mesma altura em que, na zona euro, os indicadores de confiança dos consumidores e de sentimento económico diminuíram.

Para Portugal, os indicadores de curto prazo disponíveis até Julho mostram que, em termos nominais, há “uma diminuição na indústria e um abrandamento nos serviços” em termos homólogos.

Na indústria, o índice de volume de negócios “diminuiu em Julho, prolongando o perfil descendente observado desde Julho de 2018 (taxas de 0,6%, -1,6% e -1,8% nos últimos três meses)”. No entanto, o comportamento no mercado interno “registou um aumento homólogo em Julho (0,4%)”, por contraponto ao que se passou no índice de volume de negócios relativo ao mercado externo, que apresentou uma “diminuição em Junho e Julho (taxas de -3,8% e -4,6%, respectivamente)”.

Nos serviços, o índice de volume de negócios, incluindo o comércio a retalho, “desacelerou entre Março e Julho (taxas de 2,5%, 1,3% e 1,1% nos últimos três meses)”.

O indicador que mede a Formação Bruta de Capital Fixo também desacelerou em Julho, “verificando-se um contributo negativo da componente de máquinas e equipamentos e um contributo positivo menos expressivo das componentes de construção e de material de transporte”.

Já na construção, o índice de produção “acelerou ligeiramente em Julho” depois de um abrandamento no mês anterior. Para Agosto, os números mostram que o indicador de confiança no sector da construção e obras públicas aumentou, interrompendo-se o “perfil descendente” que se observava desde Janeiro.

Relativamente às estimativas mensais do inquérito ao emprego, o nível de desemprego de Julho, ajustado de sazonalidade, corresponde a 6,5% da população activa entre os 15 e os 74 anos, enquanto a estimativa da população empregada, também ajustada de sazonalidade, cresceu 0,7% face a Julho do ano passado e 0,2% em cadeia (face a Junho deste ano).

Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) mais recentes são os do segundo trimestre (de Abril a Junho), altura em que a economia cresceu 1,8% face ao segundo trimestre do ano passado. Esta trajectória, refere o INE, reflecte “um contributo positivo menos intenso da procura interna”, associado à desaceleração do investimento. O consumo privado “aumentou 1,9% em termos homólogos, menos 0,4 pontos percentuais que no trimestre anterior, enquanto o consumo público apresentou uma variação homóloga de 0,4% (0,6% no trimestre anterior)”.

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