ISEP acaba com venda de garrafas de água de plástico

Por ano, são consumidas no campus do ISEP quase 160 mil garrafas de água de plástico. Instituição quer mudar isso.

Foto

O Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) vai a partir desta segunda-feira, 16 de Setembro, “acabar com a venda de garrafas de água de plástico de 33 centilitros” no campus, uma vez que, anualmente, são consumidas quase 160 mil.

Roque Brandão, vice-presidente do ISEP, explicou à Lusa que o objectivo desta acção é “combater e evitar o consumo de plástico” no campus. “Por ano, a associação de estudantes distribui uma garrafa por refeição a cada estudante que almoça ou janta nas instalações, o que representa mais de 120 mil garrafas. Além disso, por ano são compradas nos diversos espaços 40 a 50 mil garrafas”, disse.

Segundo Roque Brandão, esta medida pretende incentivar ao uso de práticas alternativas, tendo já a associação de estudantes do instituto assegurado a instalação de “dispensadores”. Além dos dispensadores, o responsável garante que os estudantes, professores e funcionários podem consumir a água da rede pública nos diversos bebedouros que estão espalhados pelo campus, uma vez que é “controlada” e própria para consumo.

Um dos próximos passos do ISEP neste “combate ao plástico” passa também pela substituição das garrafas de plástico utilizadas em congressos, palestras e eventos por uma “garrafa de vidro do ISEP” e pela “venda de garrafas de plástico reutilizável” aos alunos.

Todas estas medidas surgem no âmbito da campanha “Agir Local, Pensar Global”, iniciativa desenvolvida desde Fevereiro pelo instituto em parceria com a LIPOR, que visa “optimizar a separação dos resíduos” e contribuir para a adopção de práticas sustentáveis e amigas do ambiente.

“Em Fevereiro começámos com este projecto e, desde então, já retirámos vários caixotes do lixo e substituímos por postos de reciclagem”, disse o responsável, adiantando que, através desta iniciativa, o ISEP já conseguiu que dois dos quatro contentores molok de lixo indiferenciado passassem a ser utilizados para depositar lixo reciclável. “Conseguimos que 42% dos resíduos produzidos no campus fossem reciclados”, salientou.

À Lusa, Roque Brandão adiantou que, tendo em conta as medidas adoptadas com vista à promoção de novas práticas sustentáveis e de promoção do meio ambiente, a instituição vai receber a certificação Coração Verde da LIPOR.

Sugerir correcção
Ler 2 comentários