Angola: onze milhões de “não-cidadãos” à procura de uma voz

Handeka. Em Nganguela, uma das mais de vinte línguas nacionais de Angola, esta palavra quer dizer: “Oh tu, que não tens voz, fala”. Foi para dar voz a onze milhões de angolanos sem registo de nascimento que nasceu, em 2017, a organização não-governamental Handeka, de que fazem parte, entre outros, o antigo primeiro-ministro e ex-secretário executivo da CPLP, Marcolino Moco, e o activista Luaty Beirão.

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Em Angola, quase metade da população não tem registo de nascimento. O Governo angolano admitiu-o recentemente, pela voz de Felismina Manuel, directora nacional do Arquivo e Identificação Criminal e Civil do Ministério da Justiça e Direitos Humanos. Esta responsável assumiu que 46% dos angolanos se encontram nesta situação, confirmando assim os alertas que a organização não-governamental Handeka tem feito.

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