Obra de Daniel Buren vandalizada no Pompidou

O homem que na quinta-feira atacou uma tela do artista francês com uma faca está em avaliação psiquiátrica.

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Philippe Migeat/Centre Pompidou

Um homem com uma faca danificou seriamente, na tarde de quinta-feira, Peinture (Manifestation 3), uma obra do artista francês Daniel Buren exposta no Centre Pompidou, em Paris, revelou a instituição na sexta-feira através de um comunicado.

O atacante, que está em avaliação psiquiátrica, foi dominado por um dos seguranças do museu depois de um funcionário ter dado o alerta. O comunicado do Pompidou, citado pelo jornal francês Le Figaro, dizia que a obra, adquirida pelo museu em 1986, tinha sofrido “uma grave degradação voluntária”.

Os especialistas terão agora de decidir como é que a tela deste artista conceptual, uma obra de 1967 que foi mostrada pela primeira vez no Museu das Artes Decorativas de Paris, poderá ser restaurada. Não foi ainda dada nenhuma informação sobre o montante do prejuízo. O artista, de 81 anos, foi informado do ataque, e a obra em causa foi transferida para as reservas do Centro Pompidou, uma das mais importantes colecções europeias de arte contemporânea.

Paralelamente ao inquérito judicial em curso, o Pompidou abriu também uma investigação interna para apurar se o ataque foi facilitado por falhas nas condições de segurança.

Em 2012, numa outra instituição de referência da arte contemporânea europeia, a Tate Modern, de Londres, um homem pichou com uma caneta uma obra do artista russo Mark Rothko, Black on Maroon. O atacante, Vladimir Unamets, um jovem artista polaco a residir em Londres, acabaria por ser condenado a dois anos de prisão.

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