Kim Clijsters desafia a idade e volta à competição

A tenista belga é mais um caso de um atleta de alta competição que regressa após vários anos de ausência.

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Kim Clijsters Reuters/Francois Lenoir

Foi número um do ranking mundial e conquistou o Open dos EUA, em 2005. Aos 23 anos, retirou-se da competição devido a lesões e para ser mãe. Voltou dois anos mais tarde, a pequena Jada viu a mãe conquistar mais três torneios do Grand Slam: Open dos EUA (2009 e 2010) e Austrália (2011). Após ter reocupado o primeiro lugar da hierarquia mundial, pendurou as raquetas no final de 2012 e foi mãe novamente, de Jack e Blake. Só que a vida familiar, os comentários televisivos e o trabalho à frente da sua academia não a preenchem totalmente e, aos 36 anos, Kim Clijsters está de regresso à competição.

“Não sinto que tenha de provar alguma coisa, é mais pelo desafio. Tenho amigos que dizem que querem correr a maratona de Nova Iorque antes dos 50 anos. Eu ainda adoro jogar ténis; a questão é saber se sou capaz de chegar ao nível que quero e onde já estive. Esta é a minha maratona”, explicou a tenista belga. Da sua cabine de comentário, Clijsters tem assistido in loco aos maiores torneios, pelo que acompanhou a evolução do ténis feminino. “Durante o Open dos EUA vi algum ténis que me fez dizer ‘nem pensar que vou chegar aquele nível’, porque parece que elas estão a bater muito mais forte. Mas antes, quando era número cinco do ranking, também dizia o mesmo de algumas jogadoras e, depois, quando as defrontava, não batiam assim tão forte”, disse.

Para já, o foco de Clijsters está na condição física, tendo voltado a trabalhar com o seu preparador físico, Sam Verslegers. O objectivo é regressar no início de 2020, na Austrália, mas, “se em Dezembro, sentir que não estou nem perto de onde quero estar, então não vou”.

A surpresa de Domingos na Taça Davis 

Desafio complicado têm também os tenistas portugueses que vão disputar, em Minsk, a eliminatória do Grupo I da Taça Davis com a Bielorrússia. A surpresa do sorteio foi a nomeação para o segundo singular de João Domingues, que assim se estreia como “titular” nesta competição.

O tenista de Oliveira de Azeméis, actual 179.º no ranking mundial, tem como adversário o número um da Bielorrússia, Egor Gerasimov (119.º). “Havia, sem dúvida, várias alternativas, o que significa que temos uma equipa com muito nível. Temos cinco encontros em dois dias, jogadores muito equilibrados e o João Domingues já teve boas vitórias em piso rápido este ano”, justificou o capitão português, Rui Machado.

O primeiro português a actuar no Republic Olympic Tennis Center é João Sousa (64.º), que defronta o número dois bielorrusso Ilya Ivashka (135.º). Para os pares, que abrem a decisiva jornada de sábado, Rui Machado adiantou os nomes de João Sousa e Pedro Sousa para defrontarem os bielorrussos Uladzimir Ignatik e Andrei Vasilevski.

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