Siza Vieira: “É importante que o Estado seja previsível”

Governo assinou em Aveiro dez pactos para aumentar a competitividade empresarial

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LUSA/ANTÓNIO COTRIM

O ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, disse esta quarta-feira, 9 de Setembro, que as empresas precisam de estabilidade das políticas públicas para continuar a melhorar estruturalmente a economia.

“Os agentes económicos precisam de previsibilidade naquilo que são as políticas públicas. Quando se estão a fazer estratégias de cooperação entre as empresas, instituições de ensino superior e instituições públicas para melhorar a formação profissional e a investigação e desenvolvimento, é importante que o Estado seja previsível, porque sem isso não é possível continuar a melhorar estruturalmente a nossa economia”, afirmou o governante.

O ministro esteve na Universidade de Aveiro para assinar dez “Pactos Sectoriais para a Competitividade e Internacionalização”. Os acordos hoje assinados dizem respeito a clusters reconhecidos pelo IAPMEI -Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação em 2017, no âmbito do Programa Interface: AED Cluster, Plataforma Ferroviária Portuguesa, Cluster de Competitividade da Petroquímica, Química Industrial e Refinação, Cluster do Calçado e da Moda, Cluster do Mar Português, Cluster Portugal Mineral Resources, Cluster Habitat Sustentável, Smart Cities Portugal Cluster, Cluster Têxtil: Tecnologia e Moda, e TICE.PT.

Ao sectores que subscreveram os pactos, a tutela da Economia associa “mais de 576 mil empregos” e cerca de “60 mil milhões de euros em volume de negócios” e representam cerca de 55% das exportações nacionais, segundo o Ministério​. Em Março e Abril, o Governo assinou os primeiros seis pactos. Estes acordos materializam um conjunto de novas iniciativas nos domínios da digitalização das indústrias (indústria 4.0), da capacitação de recursos humanos, na consolidação dos factores de atractividade externa do país, na internacionalização e na promoção da investigação e desenvolvimento.

Segundo o ministro, a “economia está hoje mais robusta e mais competitiva internacionalmente”, mas atentou que a situação internacional “tem altos e baixos”. Tendo em conta a imprevisibilidade, Siza Vieira referiu que “o importante é assegurar que as empresas portuguesas estão mais bem preparadas para poder aproveitar os momentos altos do ciclo económico e resistirem melhor aos momentos menos bons”. Acrescentou ainda que estes pactos assumem “compromissos” de “médio prazo” entre o sector e o Estado, ajudando a que as empresas concretizem os seus objectivos.

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