Tarja com figuras da arbitragem e política vale multa ao FC Porto

Fotomontagem da claque dos “dragões” mostrava juízes, políticos e árbitros com camisolas do Benfica. Ministério Público abriu inquérito à coreografia em Junho.

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SPORT TV

A tarja exibida pelo Super Dragões, principal grupo de apoio dos “dragões”, na partida frente ao Sporting no Estádio do Dragão da temporada passada, valeu uma multa de 1150 euros ao emblema “azul e branco”. O castigo foi revelado esta segunda-feira pelo Conselho de Disciplina do Federação Portuguesa de Futebol. Este órgão considerou que a faixa violou a lei contra a violência no desporto (Lei n.º 39/2009). 

Na coreografia — realizada no derradeiro jogo da época 2018-19 e numa altura em que o Benfica estava prestes a sagrar-se campeão nacional — podiam ser vistas as caras do primeiro-ministro António Costa, da juíza Ana Peres (responsável pelo caso E-Toupeira), de vários árbitros e do empresário César Boaventura a substituir as dos jogadores do Benfica.

Em Junho, o Ministério Público abriu um inquérito à tarja. Por sua vez, a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) repudiou a coreografia da claque portista, considerando que a culpabilização dos árbitros era “um exemplo da falta de cultura desportiva”, incitando o FC Porto a “apurar responsabilidades” junto da direcção dos Super Dragões.

O presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), Vítor Pataco, demonstrou o seu desagrado, “como cidadão”, pelo facto de membros de órgãos de soberania terem sido “envolvidos de forma negativa nos problemas que são do futebol”.

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