Wawrinka é o suíço anti-Djokovic

O tenista helvético mostrou um ténis com qualidade suficiente para derrotar o número um do mundo.

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Wawrinka Reuters/Geoff Burke

São imensos os que têm um registo de vitórias-derrotas negativo com Novak Djokovic. O que só muito poucos podem orgulhar-se é de vencer o melhor tenista do mundo em torneios do Grand Slam. Stan Wawrinka reforçou essa fama na noite de domingo, ao derrotar o sérvio pela quarta vez em majors. Certo que Djokovic retirou-se antes de se completarem duas horas de jogo, devido à lesão no ombro esquerdo, mas durante dois sets "Stan the Man" deixou bem claro que está em grande forma. 

“Quero manter este nível, estava a jogar muito bem. Sabia que tinha jogo para vencê-lo neste estádio. Já quando vim treinar-me senti que estava a movimentar-me bem e fiquei confiante que ia jogar a um bom nível”, disse o suíço de 34 anos, após a vitória, por 6-4, 7-5, 2-1. O último duelo entre ambos tinha sido na final do Open dos EUA de 2016, em que Wawrinka triunfou em quatro sets e conquistou o terceiro título em majors. Depois disso, o suíço teve de submeter-se a duas operações ao joelho esquerdo em Agosto de 2017, que o afastaram do circuito cerca de nove meses.

Dois anos depois, Wawrinka (24.º ATP) está de volta com o seu ténis poderoso, apoiado no serviço, tendo ganho 84% dos pontos disputados com o primeiro serviço, enquanto Djokovic destacava-se pela negativa, com 35 erros não forçados, quase o dobro dos cometidos pelo adversário. “Sei de que forma posso jogar. Já ganhei três Grand Slams, por isso, vou lutar para vencer mais encontros aqui”, frisou o vencedor.

Nos “quartos”, Wawrinka vai encontrar um estreante nesta fase de majors, Daniil Medvedev. O russo de 23 anos, que este Verão ascendeu ao quinto lugar do ranking, pôs fim ao excelente percurso do alemão Dominik Koepfer (118.º), vindo do qualifying, impondo-se por 3-6, 6-3, 6-2 e 7-6 (7/2).

Entretanto, João Sousa e Leonardo Mayer repetem a presença nos quartos-de-final de pares de 2015, ao vencerem a segunda melhor dupla do Open dos EUA, Marcelo Melo e Lukasz Kubot, por 7-6 (7/2), 6-3. Na jornada de terça-feira, a dupla luso-argentina defronta os alemães Kevin Krawietz e Andreas Mies, cabeças de série n.º 12 e recém-campeões em Roland Garros.

Um dia depois de Ashleigh Barty ser eliminada, foi agora a vez de Naomi Osaka ficar pelo caminho. A japonesa que defendia o título foi superiorizada por Belinda Bencic (12.ª), pelos parciais de 7-5, 6-4. A exibição de Bencic não foi surpresa para quem se lembra de a ver nos “quartos” do Open dos EUA de 2014 ou no sétimo lugar do ranking. Uma lesão no pulso esquerdo, em 2017, interrompeu a ascensão da suíça, treinada no início da carreira por Melanie Molitor e pela sua filha, Martina Hingis. Este ano, ninguém tem mais vitórias sobre adversárias do top-10 do que Bencic, que somou a nona diante de Osaka, e vai, nos quartos-de-final, encontrar outra estreante nesta fase de torneios do Grand Slam, Donna Vekic (23.ª) que venceu Julia Goerges (30.ª), por 6-7 (5/7), 7-5 e 6-3, após salvar dois match-points a 3-5 do segundo set.

A noite de domingo foi fatal para duas favoritas, Karolina Pliskova (3.ª) e Madison Keys (10.ª), eliminadas, respectivamente, por Johanna Konta (16.ª) e Elina Svitolina (5.ª), esta, graças a uma exibição imaculada que a tornam numa séria favorita.

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