Atenção: Andreescu nunca perdeu com uma top 10

Canadiana afastou do US Open a antiga número um mundial Caroline Wozniacki, por duplo 6-4.

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LUSA/RAY ACEVEDO

Com os holofotes todos em cima de Coco Gauff, muitos se esqueceram de outra jovem tenista: Bianca Andreescu. A primeira canadiana a triunfar no Open do seu país em 50 anos tem confirmado os progressos que a levaram, no período de 12 meses, desde a eliminação da ronda inaugural do qualifying aos oitavos-de-final do US Open. Ao longo desse percurso, a jogadora de 19 anos venceu os sete confrontos com adversárias do top 10.

Em Março, Andreescu já tinha vencido o torneio de Indian Wells que, tal como o Open canadiano, é um dos mais importantes do WTA Tour. Logo no torneio seguinte, foi forçada a abandonar Miami devido a uma lesão no ombro. Quando a situação se repetiu em Roland Garros, foi forçada a afastar-se do circuito por dois meses, mas regressou como se não tivesse parado, com o triunfo em Toronto. Aliás, a confiança sempre foi uma das suas principais características. “Agora, haverá mais pessoas a quererem que eu vá longe no torneio, mas eu espero sempre fazer um bom resultado”, adiantou em vésperas do US Open, ao qual chegou como 15.ª do ranking mundial.

Na terceira ronda, Andreescu estreou-se no enorme Arthur Ashe Stadium, defrontando a ex-líder do ranking Caroline Wozniacki (19.ª). Mas adaptou-se bem e rapidamente, o que lhe permitiu controlar ambos os sets, ganhos, por 6-4, 6-4. Será esse o palco onde a canadiana vai discutir um lugar nos quartos-de-final com outra estreante nestas fases dos Grand Slams, Taylor Townsend (116.ª). A norte-americana de 23 anos veio do qualifying, ou seja, já venceu seis encontros em Flushing Meadows, incluindo a vitória sobre Simona Halep (4.ª).

Entretanto, o percurso de Coco Gauff foi travado pela actual número um do ranking. Naomi Osaka venceu a norte-americana de 15 anos, por 6-3, 6-0, mas no final do encontro fez questão de ir chamá-la para a habitual entrevista “on court” e acabaram as duas a chorar devido às muitas emoções vividas por ambas.

Fora do radar da juventude, surge nos “quartos" Qiang Wang (18.ª), de 27 anos. Wang perdeu este Verão, vitimado por um cancro, Peter McNamara, o treinador que a levou, em 2018, a terminar no top 20, a conquistar dois títulos e obter quatro vitórias sobre adversárias do top 10: Mas a recente presença nas meias-finais no Bronx devolveu à chinesa a confiança e eliminou Ashleigh Barty (2.ª), por 6-2, 6-4, chegando aos quartos-de-final sem ceder um set.

O sétimo dia do US Open viu igualmente partir Karolina Pliskova (3.ª), eliminada por Johanna Konta (16.ª): 6-7 (1/7), 6-3 e 7-5. Serena Williams (8.ª), que afastou, por 6-3, 6-4, Petra Martic (22.ª), é, juntamente com Osaka, as únicas campeãs do Grand Slam que ainda sobrevivem no quadro feminino.

No sector masculino, Grigor Dimitrov (78.º) iniciou o Verão derrotado por Kevin King (405.º), em Atlanta. No US Open, o ex-top 5 volta aos quartos de um major, após um jejum de 18 meses, ao ultrapassar Alex De Minaur (38.º), por 7-5, 6-3 e 6-4. O búlgaro, com o regresso ao top 50 já garantido, terá pela frente Roger Federer que arrasou David Goffin (15.º) num dos mais desequilibrados duelos entre jogadores do top 15: o suíço ganhou 82 pontos, perdeu 39, no encontro de 79 minutos, que venceu com os parciais de 6-2, 6-2 e 6-0.

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