Um roteiro para Berlim

As leitoras Ana Cristina Augusto e Anabela Henriques partilham a sua viagem a Berlim

,Berlim Oriental
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Berliner Fernsehturm
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Berlim é a capital da Alemanha, com uma população de 3,5 milhões de habitantes, sendo a maior cidade do país, e a sétima área urbana mais povoada da União Europeia.

Descobrimos uma cidade com muita história e cultura, que também transpira arte, com um passado sustentado em monumentos e memoriais. O Muro de Berlim, que se mantém vivo por toda a cidade, é um deles, uma parte triste da história, uma lembrança das consequências da 2ª Guerra Mundial e das profundas mudanças que a sociedade sofreu.

Visitamos a Fonte da Amizade, a Fernsehturm, a Torre de TV construída pelos socialistas em 1969 e símbolo de poder da Alemanha Oriental. Convém subir à torre com hora marcada, para vislumbrar Berlim através da plataforma panorâmica, sendo deslumbrante ver a cidade do seu ponto mais alto.

No segundo dia fomos até ao Checkpoint Charlie, um local onde é possível ver uma réplica do posto de passagem de pessoas autorizadas a transitar entre os dois lados da Alemanha, apesar do Muro de Berlim, e também a réplica da famosa placa que avisava que se estava a deixar ou a entrar no sector americano.

O antigo edifício do Reichstag é a sede do Parlamento Alemão (Deutscher Bundestag), um edifício histórico com aspecto de templo clássico, coroado por uma grande cúpula moderna pela qual se pode transitar. Situa-se ao lado da linha que marca o Muro de Berlim, tendo permanecido 29 anos separado da Porta de Brandemburgo.

O Holocaust Mahnmal, o monumento do holocausto, foi construído em homenagem às vítimas da política de Hitler. 2711 blocos de cimento de diferentes alturas povoam este espaço dedicado aos judeus assassinados. Impossível ficar indiferente, podendo as interpretações ser várias, o curioso é que neste “labirinto” há sempre uma saída à vista… há sempre uma luz que nos guia.

Recomendamos um passeio de barco ao longo do Rio Spree, pela cidade de Berlim, seguindo-se uma visita aos Bunkers da II Guerra. A Postdamer Platz é uma praça que se tornou um símbolo da Berlim Moderna, coberta por um tecto de vidro. Antes da II Guerra era já um local movimentado, e após a destruição provocada pelos bombardeamentos de 1945, os destroços foram utilizados para levantar o muro.

No Gedenkstatte Berliner Mauer pode-se subir umas escadas e ver o muro de protecção antifascista, nome dado pelos soviéticos: a parte de trás era um pré-muro e quem fugisse tinha que atravessar o primeiro muro, um espaço vazio de vigilância dos guardas e o muro principal. Ainda sobre o tema do muro, tivemos curiosidade em visitar a East Side Gallery, uma galeria de arte urbana a céu aberto, que é o maior espaço contínuo e preservado do Muro de Berlim, 1300 metros ao longo do rio Spree, carregados de pinturas de 118 artistas de 21 países diferentes que relatam factos políticos e culturais da época da queda do Muro, em 1989, e a reunificação da Alemanha. Aqui temos pinturas famosas como o Trabant (carro característico da Alemanha Oriental) que parece estar a sair do muro e também a obra “Beijo Mortal”, conhecida por retratar o encontro do líder soviético Leonid Brezhnev com o seu colega da Alemanha Oriental Erich Honecker, trabalho do russo Dmitri Vrubel. Portugal também está representado por uma artista, Ana Leonor Madeira Rodrigues.

Após uma viagem de autocarro até ao Tiergarten, fomos visitar a Siegessaule, coluna que alberga o Anjo Dourado e celebra vitórias militares da Prússia. Subimos a escadaria toda, mais de 500 degraus, para chegar ao topo do Anjo.

E os semáforos de Berlim? Que paixão! O boneco é o Ampelmännchen, silhueta típica dos semáforos de pedestres do sector de Berlim da extinta República Democrática Alemã (Berlim Oriental). Criado em 1961, o pequeno homem de chapéu tinha uma aparência bastante infantil, com uma cabeça grande e as pernas curtas, mas conquistou uma enorme popularidade que ainda hoje se mantém.

Depois da reunificação da Alemanha houve várias tentativas de padronizar todos os semáforos do país, mas isso nunca aconteceu, por isso podemos ver diferentes tipos de semáforos colocados por toda a cidade. Em 1995 começaram as campanhas de solidariedade pelo Ampelmännchen, reivindicando que ele era parte da cultura alemã oriental. Os protestos tiveram efeito e muitos dos antigos semáforos que haviam sido retirados voltaram a ser colocados. Hoje em dia podemos encontrar o simpático bonequinho por todos os lados em Berlim, havendo uma vasta linha de brindes alusivos ao boneco.

Ana Cristina Augusto e Anabela Henriques (texto e fotos)

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