Portugueses divididos sobre actuação do Governo na greve dos motoristas

A maioria dos inquiridos faz uma avaliação negativa do desempenho geral da oposição.

Foto
A gestão da crise dos combustíveis dividiu os portugueses Rui Gaudêncio

Os portugueses mostram-se divididos na avaliação que fazem da actuação do Governo na greve dos motoristas, segundo uma sondagem da Pitagórica para o Jornal de Notícias e TSF. Cerca de um terço da população (31%) dá nota positiva ao executivo e 30% fazem uma avaliação negativa do comportamento do Governo perante a paralisação que durou sete dias em Agosto.

À pergunta sobre quem tem razão na crise dos combustíveis, 31% apontaram os trabalhadores, 30% responderam que eram ambos e só 9% mencionaram que eram os patrões. Na avaliação da atitude da Antram – a associação que representa os patrões – 46% dão uma nota negativa. Quase a mesma avaliação (47%) desfavorável é dada à atitude do sindicato dos motoristas de matérias perigosas, que tem como protagonista o advogado Pedro Pardal Henriques.

Governo aprovado, oposição castigada

Relativamente ao desempenho geral do Governo e da oposição, a maioria (53%) aprova a forma de governar, embora com menos 2 pontos percentuais face à anterior sondagem, e 40% desaprovam. Já a oposição, no seu global, é castigada. A maioria (61%) faz uma avaliação negativa ou muito negativa dos que combatem o Governo. E cada vez menos inquiridos reconhecem Rui Rio como líder da oposição – 30% face aos 38% da anterior sondagem – assim como Assunção Cristas (13% face aos 17% e aos 27% registados em Abril).

Em Agosto, quem capitaliza é a líder do BE, Catarina Martins, que ultrapassa a presidente do CDS como líder da oposição, de acordo com os inquiridos nesta sondagem. Por fim, no ranking dos líderes da oposição, posiciona-se Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, que manteve a mesma percentagem (2%) face à anterior sondagem da Pitagórica para JN e TSF.

A popularidade de Marcelo Rebelo de Sousa mantém-se em níveis elevados (87% faz uma avaliação positiva), embora tenha perdido cinco pontos percentuais face à anterior sondagem da mesma empresa.

Esta sondagem tinha como objectivo de avaliar a opinião dos portugueses sobre temas relacionados com a crise dos combustíveis.

O trabalho de campo decorreu entre os dias 12 e 24 de Agosto, foram recolhidas 1525 entrevistas telefónicas a que corresponde uma margem de erro máxima de +/- 2,56% para um nível de confiança de 95,5%.

A amostra foi recolhida de forma aleatória junto de eleitores portugueses recenseados e foi devidamente estratificada por género, idade e região. A taxa de resposta foi de 72,86% e a direcção técnica do estudo é da responsabilidade de Rita Marques da Silva.

Sugerir correcção
Ler 4 comentários