O que fará o júri de Veneza perante este majestoso Polanski?

Filme magnífico sobre o fim de um tempo, J’Accuse, sobre o “caso Dreyfus” que dividiu a França na passagem do século XIX para o século XX, é também uma forma de o cineasta polaco falar do seu “caso”. E que embaraço para os jurados de Lucrecia Martel se este for, como o é para já, o grande momento do concurso de 2019...

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E agora, o que fazer? Tendo-se sabido que a presidente do júri da 76.ª edição do Festival de Veneza, incomodada com a presença de um filme de Roman Polanski na competição, não iria assistir à sessão de gala ou a jantares do filme para não ter de se levantar e aplaudir, e mesmo depois de declaração posterior em que, para corrigir o impacto do que antes anunciara, dizia que consideraria o filme como considerará todos os outros, que desconforto estará na verdade a causar Lucrecia Martel neste momento aos seus jurados? Que embaraço se J’Accuse, revelado esta manhã à imprensa numa sessão em que se agigantou – até ver – como o grande momento do concurso, for uma das razões para que, no futuro, nos lembremos da competição de 2019...

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