Cheira a café? É dos óculos de sol ucranianos

As indústrias verdes já usam resíduos de café para produzir móveis, chávenas, tinta de impressão e biocombustível.

Ucrânia
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Os principais clientes da Ochis Coffee são estrangeiros Gleb Garanich/Reuters
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Maksym Havrylenko, CEO da marca de óculos de sol ucraniana Ochis Coffee Gleb Garanich/Reuters
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O empresário recolhe as borras de café Gleb Garanich/Reuters
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O objectivo é ter um produto amigo do ambiente Gleb Garanich/Reuters
Oculos escuros
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A partir da oficina de Kiev, os óculos são vendidos para todo o mundo Gleb Garanich/Reuters
Maksym Havrylenko
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O jovem ucraniano na oficina onde são feitas as armações Gleb Garanich/Reuters
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Pormenor das hastes feitas de resíduos do café Gleb Garanich/Reuters

As borras do café podem servir para... fazer óculos de sol ecológicos. A ideia foi de Maksym Havrylenko, que criou a marca Ochis Coffee, na Ucrânia, com a característica que as armações cheiram mesmo a café.

Impulsionado pela ambição de criar um produto ecológico, Havrylenko experimentou vários ingredientes como hortelã, salsa e cardamomo, antes de encontrar o material natural certo, o desperdício do café.

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Gleb Garanich/Reuters

As indústrias verdes já usam resíduos de café para produzir móveis, chávenas, tinta de impressão e biocombustível. Por cá, as borras das cápsulas da Nespresso ajudam a adubar o arroz, mas o jovem ucraniano foi pioneiro em usá-las para fabricar óculos de sol, com o cheiro da bebida.

“Primeiro, o café é preto, que é uma cor clássica de óculos de sol, que combina com tudo. Segundo, existem muitos grãos de café no mundo. Existem milhões de toneladas de grãos de café no mundo”, justifica o empresário. A grande vantagem destas armações, feitas de borra de café e linho e coladas com óleo vegetal, é que, quando descartadas, transformamse em fertilizante, dez anos depois.

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Havrylenko, que é de uma família de oculistas e já tem 15 anos de experiência naquela indústria, teve que fazer centenas de modelos, cerca de 300, até chegar ao ideal. Os óculos custam entre 70 e 80 euros.

Para arrancar com o negócio, o jovem angariou dinheiro numa plataforma de crowdfunding onde inicialmente pedia nove mil euros, o sucesso foi tal que conseguiu quase 12 mil euros e a curiosidade atraiu clientes dos EUA, Japão e Austrália, para não falar da Europa. Havrylenko diz que apenas 10% dos clientes são da Ucrânia. “O nosso grande objectivo é promover, não só na Ucrânia mas em todo o mundo, primeira, a ideia de desenvolver produtos limpos e, segundo, o fim adequado dos resíduos”, declara.

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