PSD questiona Governo sobre caso do rapto de Américo Sebastião

Maputo acordou, em Julho de 2016, com a notícia de mais um empresário raptado, desta vez em Nhamapadza, numa estação de abastecimento de combustíveis.

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Moçambique (arquivo) Nuno Ferreira Santos

O PSD pediu nesta quarta-feira ao Ministério dos Negócios Estrangeiros esclarecimentos sobre eventuais desenvolvimentos no caso do rapto do cidadão português Américo Sebastião, que ocorreu em 2016, em Moçambique.

Numa pergunta entregue na Assembleia da República, o grupo parlamentar social-democrata quer saber se “continua o Governo português a acompanhar” o caso e “a envidar todos os esforços para uma solução do mesmo”.

“Que desenvolvimentos recentes ocorreram em relação ao caso do rapto do cidadão Américo Sebastião? Que iniciativas foram desencadeadas pelo Governo neste âmbito?”, questionam os deputados do PSD.

O empresário português foi raptado a 29 de Julho de 2016, em Nhamapadza (província de Sofala) numa estação de abastecimento de combustíveis, por homens fardados, que algemaram o empresário e o colocaram numa viatura descaracterizada, abandonando depois o local.

Os sociais-democratas, no requerimento parlamentar, recordam que o tema voltou à agenda mediática e política no início deste mês, durante a IV Cimeira entre Portugal e Moçambique, quando o presidente moçambicano Filipe Nyusi se encontrou com o primeiro-ministro António Costa em Lisboa.

Na altura, questionado pelos jornalistas, Filipe Nyusi desvalorizou a questão por não se tratar de “um assunto de Estado”, mas garantiu que o governo moçambicano tudo fez para esclarecer o caso e abordou o tema com António Costa.

O primeiro-ministro português, por seu turno, manifestou plena confiança nas autoridades moçambicanas e garantiu que “esta infeliz circunstância” não iria perturbar a relação entre os dois países.

“Sabendo que Portugal ofereceu por várias vezes cooperação judiciária para ajudar a localizar o empresário Américo Sebastião, mas as autoridades moçambicanas aparentemente nunca deram seguimento a essa proposta, importa saber o que está realmente a ser feito para encontrar este cidadão português”, defendem os deputados do PSD.

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