Ajax regressa à Champions fora da órbita do Benfica

Holandeses apuraram-se com um triunfo na segunda mão do play-off sobre o APOEL. Sorteio da fase de grupos agendado para quinta-feira à tarde.

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LUSA/OLAF KRAAK

O puzzle do sorteio da fase de grupos da Liga dos Campeões estava praticamente montado, apenas à espera das três últimas peças. Com o primeiro pote fechado, faltava conhecer os três derradeiros “clientes” da edição 2019-20 da competição, que saíram nesta quarta-feira, directamente, da segunda mão do play-off. Os célebres invólucros estrelados serão sorteados na tarde de quinta-feira (17h), no Mónaco, sendo certo que o Benfica vai evitar o Ajax, a grande sensação da prova na época passada.

Os holandeses estiveram longe de ter enfrentado um adversário acessível, por mais profundas que pudessem ser as diferenças do ponto de vista teórico. Face às saídas de De Ligt (Juventus) e Frenkie de Jong (Barcelona), e perante a lesão de Donny van de Beek e o castigo de Mazraoui, foi um “onze” bem diferente do que encantou a Europa em 2018-19 o que subiu ao relvado do Arena de Amesterdão.

Ainda assim, tal como tinha sucedido durante a maior parte dos 90 minutos em Chipre, foi um jogo de sentido único. O Ajax, em 4x2x3x1, a controlar com bola e tentar furar por dentro (Ziyech jogou nas costas de Huntelaar) e por fora (cruzamentos sobretudo da esquerda, de Tagliafico e Tadic); o APOEL assente muito nos duelos físicos e numa organização férrea, na qual se destacava Lucas Souza em matéria de recuperação de bola. 

Tantas vezes foi o cântaro à fonte, porém, que acabou mesmo por partir. Aos 43’, Edson Álvarez — médio mexicano contratado neste Verão ao América, por 15 milhões de euros — aproveitou um livre indirecto para desviar de cabeça para a baliza de Belec (guarda-redes que passou pelo Olhanense em 2013-14) e inaugurar o marcador.

O cenário repetiu-se em duplicado no arranque da segunda parte, mas, com o apoio do videoárbitro (VAR), acabou por não contar. Primeiro foi Huntelaar ainda a festejar o golo durante um par de minutos até ser descortinado um fora-de-jogo; depois foi Pavlovic a marcar para o APOEL, mas também ele estava em posição irregular. 

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Como os lances capitais estavam todos as nascer de bolas paradas, o 2-0 não foi excepção. Lançamento lateral, grande combinação pelo corredor direito, variação do centro do jogo e Tadic, sozinho lá do lado esquerdo, a receber e a rematar cruzado, aos 80’, confirmando o apuramento do Ajax.

À imagem do que sucedeu na Holanda, também nos dois outros jogos foi a equipa da casa a sair por cima. O Club Brugge, que já tinha vencido fora de portas, bateu o LASK por 2-1, com golos de Vanaken (70’) e Denni (89’) — pelo meio, João Klauss marcou de grande penalidade para os austríacos. Resultado? Reservou uma vaga no pote 3.

Já o Slavia Praga reiterou a superioridade sobre o Cluj, já exibida na Roménia, de novo com um 1-0. Desta vez, foi Jan Boril a apontar, aos 66’, o único golo do encontro, que colocou os checos no pote 4, o último, do sorteio desta tarde.

Tudo somado, fica completo o quadro das 32 equipas que começarão, a partir de 17 de Setembro, a viver mais um sonho da Liga milionária. Como é habitual, no sorteio não será possível emparelhar clubes do mesmo país, uma alínea que nada dirá a Portugal neste contexto. Certo é que Inglaterra, por estar em maioria no pelotão da frente, será, do pote 1, o território com mais possibilidades de vir a acolher um jogo com o Benfica, seja em Liverpool, em Londres ou em Manchester.

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