Grécia levanta restrições aos capitais adoptadas em 2015

Governo helénico estabeleceu medidas em plena crise financeira para evitar corrida aos depósitos bancários. “Hoje [segunda-feira] colocamos fim a quatro anos de incerteza”, exultou primeiro-ministro grego.

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Kyriakos Mitsotakis a discursar esta segunda-feira LUSA/YANNIS KOLESIDIS

Quatro anos após ter estabelecido o controlo de capitais para evitar corridas aos depósitos bancários, o Governo grego anunciou esta segunda-feira que vai levantar a imposição que restringia transferências financeiras para o estrangeiro.

Desde 2015 que os gregos eram obrigados a algumas restrições: em viagens para o estrangeiro não era permitido levar mais de dez mil euros, valor que tinha sido inicialmente fixado em dois mil euros em 2015. Em transferências além-fronteiras, o limite era de quatro mil euros a cada dois meses, salvo raras excepções. Pais com filhos a estudar fora da Grécia, por exemplo, podiam transferir cinco mil euros por trimestre.

A cessação desta medida adoptada em 2015, em plena crise financeira grega, foi anunciada esta segunda-feira pelo primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis no Parlamento. “Hoje colocamos fim a quatro anos de incerteza. Chegou finalmente ao fim o controlo de capitais e teve início um novo ciclo de optimismo para a economia e para a banca grega”, afirmou Mitsotakis, que tomou posse em Julho e foi eleito pelo partido de centro-direita Nova Democracia.

Em 2015, a situação no país do Sul da Europa levou à aplicação de medidas drásticas para evitar a saída de capital das instituições financeiras helénicas: os bancos permaneceram fechados durante três semanas, existiam longas filas nas caixas multibanco, com os levantamentos a estarem limitados a 60 euros. Muitos gregos relataram problemas em usar cartões de crédito de bancos gregos no estrangeiro nos primeiros dias após a aprovação das novas restrições.

O levantamento do controlo de capitais entrará em vigor a partir do dia 1 de Setembro. 

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