Costa diz que Portugal é reconhecido pelo caminho feito nas finanças

O primeiro-ministro entende que não é tempo de “tricas entre políticos”, mas de cada partido dizer o que quer para o futuro do país.

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António Costa termina esta terça-feira as incursões pela N2 LUSA/ANTONIO CARRAPATO

O primeiro-ministro não ficou surpreendido com o editorial do Financial Times que diz que Portugal traz “alguma esperança” para a Europa porque essa análise “corresponde àquilo que a imprensa internacional tem sinalizado sobre Portugal”. Para António Costa, os elogios traduzem não só o que os media internacionais pensam sobre o país, mas também por “aqueles que investem”. “Tivemos níveis recorde de investimento estrangeiro”, disse.

Para António Costa, esse reconhecimento tem várias faces nomeadamente “na significativa redução da taxa de juro” que foi visível na “emissão da semana passada com uma taxa de juro negativa”. Mas é também, disse durante uma visita ao Centro Geodésico de Portugal e ao Museu da Geodosia, em Vila de Rei, um reconhecimento “das boas políticas económicas seguidas e da estabilidade conquistada que é preciso manter”.

O primeiro-ministro tem andado na última semana a percorrer alguns troços da Estrada Nacional 2, que atravessa o país de Faro até Chaves e durante esta iniciativa tem-se furtado a responder a questões “conjunturais” preferindo falar sobre o que considera serem os desafios de longo prazo, mesmo assim acabou por responder de novo a perguntas sobre os ataques ao Bloco de Esquerda na entrevista que deu ao semanário Expresso, no fim-de-semana. António Costa pediu de novo a que quem fala da entrevista para a ler para “entender bem o que lá está”. “A vida política não são tricas entre políticos”, defendeu.

Questionado sobre se estava a referir-se ao facto de o líder do PSD, Rui Rio, ter considerado que o primeiro-ministro é mal-agradecido pelas críticas ao parceiro de Governo, respondeu: “Fico comovido com o carinho do dr. Rui Rio pelo Bloco de Esquerda”.

Para Costa, nesta altura é preciso discutir “o que cada partido, cada político, deseja para o futuro para o seu país”. “Enquanto houver caminho para caminhar, o caminho é em frente”, respondeu quando lhe perguntaram se na próxima legislatura começa do zero, tal como agora, que viajou desde o quilómetro zero da N2.

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