Miguel foi ao Quénia e regressou a Portugal com uma marca de roupa

Aos 24 anos, Miguel Marques da Costa criou a Curated - C.R.T.D. com tecidos do Quénia que até Madonna já vestiu.

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Licenciado em Gestão Hoteleira, Miguel Marques da Costa enveredou pelo mundo da moda DR
Madonna
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Madonna já usou as camisas que Miguel encomendou no Quénia DR
Maria João Bastos
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A actrix Maria João Bastos tem uma camisa feita no Quénia DR
,Salvador Martinha
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O apresentador João Manzarra e o humorista Salvador Martinha aderiram ao modelo DR

Foi numa viagem ao Quénia que Miguel Marques da Costa, 26 anos, descobriu um “algodão tão fino que parece seda”. Então, pediu para que lhe fizessem três camisas, depois disso, decidiu criar uma colecção que ganhou visibilidade entre inúmeras celebridades, entre elas está Madonna. “Fiquei muito contente quando me disseram que vestia camisas minhas e depois vi as imagens no Instagram”, conta. Estava lançada a marca Curated - C.R.T.D., por enquanto made in Kenya, mas nacional.

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Quando menos esperava, o licenciado em Gestão Hoteleira enveredou pelo mundo da moda. Em 2017, estava a fazer a passagem de ano em casa de uns amigos no Quénia, quando um deles lhe pediu que o acompanhasse a uma pequena fábrica de toalhas. “Apaixonei-me por um tecido que eles tinham por lá e que era tão leve e fino, e ainda com uns padrões diferentes. Pedi para me fazerem três camisas.”

De regresso a Portugal, as peças fizeram furor entre familiares e amigos, que diziam que parecia seda. “Tens de fazer mais para vender”, diziam-lhe. Os incentivos chegavam de todo o lado e Miguel criou a marca Curated - C.R.T.D., inspirado no Quénia e, como diz o nome, uma espécie de curadoria para que a marca seja uma “tela branca que vai sendo preenchida com coisas de outros países”.

Por isso, o primeiro passo foi voltar àquela pequena fábrica queniana e pedir para confeccionar 1500 camisas, a The Kenya Collection. “O dono da fábrica até teve de empregar mais pessoas para confeccionar a minha encomenda”, conta, entusiasmado “por estar a contribuir para a vida das pessoas”. São peças unissexo e de vários tamanhos que estão à venda online e na loja do Museu do Arroz, na Comporta, por 86 euros

Para surpresa de Miguel, a marca teve uma grande procura da parte de mulheres que usam as camisas como vestido. “Os tamanhos pequenos esgotaram logo”, conta, entusiasmado com o sucesso conseguido em tão pouco tempo. No entanto, quer que as suas peças tenham um preço acessível para “democratizar a moda”.

Seguiu-se uma segunda colecção que, pela primeira vez, incluía uma camisa branca, e coloridas toalhas de praia de algodão (36 euros). Recentemente, o empresário lançou a Cruise Collection de camisas de manga curta e comprida, calções e calças, mas desta vez em algodão turco (a partir de 56 euros). Só encomendou 150 exemplares para manter a exclusividade da marca, cujo futuro vai passar pela criação de mais peças, como túnicas. 

Inicialmente a marca vendia mais para o exterior, mas já começa a ter procura entre os consumidores portugueses. “Parece que temos de fazer sucesso lá fora para sermos reconhecidos cá”, lamenta.

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