Cartas ao director

Olha que dois!

Marinho Pinto, um dos maiores populistas portugueses desde o tempo em que era o bastonário da ordem dos Advogados, o homem que disse um dia que não gostava de estar em Bruxelas mas que depois formou um partido novo para voltar a ir para Bruxelas, está todo contente actualmente uma vez que tem no seu partido Pedro Pardal Henriques, o mais recente vencedor do “prémio” da demagogia lusitana. Não há dúvida que agora se compreende melhor o que na realidade queria Pedro Pardal Henriques e o que na realidade quer Marinho Pinto. Será que os lisboetas se vão deixar enganar? Sinceramente espero que não, para bem da democracia e da honestidade intelectual da qual, quer Marinho Pinto quer Pedro Pardal Henriques não são, de forma alguma, exemplos a apontar.

Manuel Morato Gomes, Senhora da Hora

Gato escondido com rabo de fora

Como era previsível, o porta-voz do Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas, Pedro Pardal Henriques, sempre tinha uma agenda política na manga. Os motoristas foram apenas um pretexto para aquele senhor ganhar protagonismo, no pior sentido. Só que, em minha opinião, escolheu mal o companheiro de estrada Marinho Pinto pois por certo, quando iniciarem a viagem política nas próximas eleições, o combustível lhes vai faltar antes de chegaram ao destino final o dia das eleições legislativas.

José Luís de Oliveira Alves, Lisboa

Museu do Estado Novo

Leonel Gouveia, o corajoso presidente da Câmara de Santa Comba Dão vai avançar com a construção do Centro Interpretativo do Estado Novo. Acho uma boa ideia. A História não se apaga. Alguns democratas de pacotilha pseudo-intelectuais visitaram os antigos campos de concentração de Auschwitz e Birkenau, na Polónia e Sachsenhausen​, na Alemanha. O turismo político deveria ser implementado. A Junta de Freguesia de Santa Marinha, em Vila Nova de Gaia tem em exposição permanente a réplica de uma sala de aula da escola primária do Estado Novo. Os presidentes das câmaras de Santa Comba Dão e de Vila Nova de Gaia são socialistas.

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

Museu Salazar

Alguém se lembraria de fazer um museu dedicado a Estaline na Rússia, ou um museu dedicado a Hitler na Alemanha ou a Mussolini na Itália? Salazar não foi comparável em desumanidade. Mas não podemos esquecer os milhares de mortos portugueses e africanos, entre 1961 e 1974, na Guiné, em Angola e em Moçambique. Nem as centenas de presos políticos no Aljube, em CAXIAS, em Peniche, no Tarrafal e em São Nicolau. Nem a PIDE e as suas torturas. Nem as sucessivas eleições falsificadas. Nem as demissões de grandes professores universitários e de tantos funcionários. Nem a polícia choque contra os estudantes. Nem a censura à imprensa. E muito mais poderia acrescentar - um museu dedicado a Salazar seria uma ofensa à história e aos valores do Estado de Direito democrático.

Jorge Miranda, Moledo do Minho

Sugerir correcção
Comentar