Detectado ozono em excesso em vários pontos do país

Emitidos avisos para o Barreiro, Alverca e Reboleira, em Lisboa e Vale do TEjo, e ainda para a Serra do Alvão, na região Norte.

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O Barreiro foi um dos ponto de Lisboa e Vale do Tejo com ozono em excesso no ar Nuno Ferreira Santos

A zona da Escavadeira, no concelho do Barreiro, ultrapassou esta sexta-feira o limiar de concentração de ozono entre as 16h e as 17h, informou a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT). A mesma entidade emitiu avisos, por causa do mesmo poluente, para a cidade de Alverca, no concelho de Vila Franca de Xira, onde, entre as 15h e as 17h, também já tinha sido excedido o limiar de concentração de ozono que, segundo a legislação, obriga a um aviso à população.

Em comunicado, a CCDR-LVT refere que se registou na estação da Escavadeira uma concentração de ozono de 181 microgramas por metro cúbico ((µg/m3), valor acima dos 180 µg/m3 definidos como valor “limiar de informação para este poluente”. Em Alverca, a estação de medição da qualidade do ar detectou 185 microgramas por metro cúbico

“Para os valores de concentração observados, o ozono pode provocar alguns efeitos na saúde humana, especialmente em grupos da população mais sensíveis tais como: crianças, idosos, asmáticos e indivíduos com outras doenças respiratórias ou cardíacas”, lê-se na nota.

Segundo a CCDR-LVT, o efeito da exposição ao ozono pode manifestar-se através de sintomas como tosse, dores de cabeça, dores no peito, falta de ar e irritações nos olhos. É recomendado que os grupos da população mais sensível, reduzam ao mínimo a actividade física intensa ao ar livre e evitem a permanência no exterior.

Na mesma região o limiar de aviso tinha sido ultrapassado já na quinta-feira, na zona da Reboleira, no concelho da Amadora, entre as 17h e as 18h. A estação ali instalada registou uma concentração de ozono de 185 microgramas por metro cúbico ((µg/m3). E, esta sexta-feira, o sinal laranja foi também accionado pela estação de medição da qualidade do ar de Lamas d´Olo, na serra do Alvão, concelho de Vila Real, Neste caso, segundo a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte as concentrações atingiram os 217 microgramas por metro cúbico, entre as 17h e as 18h.

A lei impõe a divulgação pública dos valores de ozono na atmosfera quando estes ultrapassam os 180 microgramas por metro cúbico e impõe alertas quando o poluente chega passa os 240 microgramas. A CCDRN referiu, em comunicado, que os “valores mais elevados deste poluente ocorrem geralmente no verão, durante o período da tarde, coincidindo com a máxima actividade fotoquímica”.

A CCDRN informou que o “ozono troposférico é um poluente secundário, o que significa que, ao contrário dos outros poluentes monitorizados na Rede de Qualidade do Ar da Região Norte, não é emitido directamente por nenhuma fonte, resultando da reacção de outros poluentes entre si na atmosfera em presença da radiação solar”.

Acrescentou ainda que a “origem do ozono troposférico é, por vezes, de difícil determinação, sendo que os poluentes responsáveis pela formação deste composto numa dada hora e local podem eventualmente resultar do transporte de emissões produzidas em locais a uma média/longa distância”.

A Agência portuguesa do Ambiente gere o site QualAR, onde pode ser encontrada informação sobre a rede de medição nacional da qualidade do ar, e os resultados detectados para os vários poluentes monitorizados. O projecto disponibiliza também uma app para IOS e Android, a partir da qual qualquer cidadão pode ter melhor informação e acesso aos avisos e alertas.

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