Taylor Swift tem um novo álbum, mas a música não chega — é preciso um universo inteiro

Lover, o novo disco de Taylor Swift, ilustra como hoje se constrói um produto pop. O seu lançamento, esta sexta-feira, volta a colocar a cantora no centro da conversa. Reagindo à queda nas vendas, redobrou esforços para associar o álbum ao merchandising, uma táctica cada vez mais frequente.

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Taylor Swift em palco em Junho de 2019 em Carson, na Califórnia Kevin Mazur/Getty Images

Desde o início da sua carreira que Taylor Swift, que começou no mundo da country e é hoje uma das estrelas pop de topo, compõe os seus álbuns não só de música, mas também de gestos pensados de modo a descrever a sua vida interior, tornando a sua música – e a sua imagem – em algo em que o seu público se revê. Um álbum de Taylor Swift nunca é apenas um conjunto de canções mais ou menos unidos por uma temática, mas uma forma de curadoria de imagem que inclui um uso particular de mercantilismo. O álbum é o ponto de partida para um universo que ultrapassa a música. A mistura entre o pessoal e o promocional retira ónus da música e aposta na simulação da partilha com o seu público.

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