Revolução no trânsito promete melhor circulação em Setúbal

Zona mais entupida da cidade, à volta da Avenida dos Ciprestes, tem novo esquema de circulação rodoviária desde esta quinta-feira.

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Novo esquema não causou problemas, mas é preciso testar após as férias DR

A envolvente à Avenida dos Ciprestes, o mais castigado acesso rodoviário a Setúbal, que junta parte do trânsito que chega da auto-estrada ao que entra pela Estrada Nacional (EN) 252 do lado de Palmela, tem, desde esta quinta-feira, um novo esquema de circulação que pretende melhorar as acessibilidades àquela zona da cidade.

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O novo modelo de trânsito inclui uma nova via, que abre um novo acesso ao populoso Bairro do Liceu, e redirecciona a circulação numa lógica giratória com uma redefinição de sentidos que transforma quatro quarteirões num complexo de outras tantas rotundas.

Com esta alteração, a Câmara de Setúbal pretende melhorar a circulação na zona da cidade que tem sido mais afectada por congestionamentos nos últimos anos. As filas às horas de ponta, sobretudo na Avenida da Europa, foram um martírio para os moradores de alguns bairros próximos da Avenida Rodrigues Manito, principalmente enquanto decorriam as obras desta nova solução, que se juntaram aos trabalhos de regularização hidráulica da Várzea.

A autarquia sadina, que desenvolveu e executou o novo esquema de circulação diz que o objectivo é “optimizar o fluxo e as acessibilidades rodoviárias naquela área da cidade”.

Uma das novidades do sistema inaugurado ontem é a abertura de uma nova via que prolonga a Avenida de Moçambique permitindo a ligação, de carro e a pé, à Avenida dos Ciprestes. Os moradores dos bairros mais encurralados pela situação anterior passam a dispor de acesso directo à estrada principal e com uma envolvente privilegiada uma vez que o novo troço contorna o futuro maior jardim público de Setúbal.

Esta parte da obra, que inclui uma nova rotunda na Avenida de Moçambique, foi criada ao abrigo de um acordo entre o município e a Lidl e Companhia que ampliou o hipermercado que detém naquele local.

Esta reformulação viária, que segundo a Câmara de Setúbal, “melhora a fluidez do tráfego automóvel naquela zona, incluindo as acessibilidades ao Bairro do Liceu”, passa também pela alteração do esquema de circulação na Avenida dos Ciprestes, no troço entre a Avenida Avelar Brotero e a intersecção com a Avenida de Moçambique.

Neste troço, o trânsito automóvel tem agora um único sentido na circulação, (de sul para norte, em direcção a Palmela), para “garantir um maior fluxo para os automobilistas provenientes da Avenida dos Ciprestes e também da Avenida Avelar Brotero”.

No primeiro dia de funcionamento do novo modelo não houve congestionamentos, mas ainda é cedo para perceber a eficiência porque em período de férias, incluindo lectivas, o volume de trânsito naquela zona da cidade, em que existem muitas escolas, foi ontem relativamente reduzido.

“Correu bem, este primeiro dia, tivemos acompanhamento da PSP e não houve reclamações dos moradores” disse ao PÚBLICO fonte do gabinete da presidência da autarquia ontem ao final da tarde, acrescentando que o novo modelo melhora a situação de “várias zonas e bairros que não estavam devidamente conectados”.

Parque urbano da Várzea a meio caminho

Esta zona de Setúbal que tem agora novo sistema rodoviário integra o projecto Urbanístico e Ambiental da Várzea, cuja primeira fase está quase concluída, e que vai fazer nascer o maior parque público da cidade.

A construção do futuro jardim, cujo projecto aguarda financiamento de 4,5 milhões de euros, está a ser antecedida de um investimento igualmente volumoso. A regularização hidráulica dos terrenos, que visa mitigar o efeito das cheias na cidade, através de uma obra estruturante de criação de bacias de retenção pluvial, custou cerca de 4 milhões de euros e está em fase de conclusão.

O projecto para o jardim, que já foi apresentado, contempla a criação de uma vasta área de lazer, com 19 hectares, que inclui lago artificial, quinta pedagógica, campos desportivos e de aventura, parques infantis, miradouros, quiosques, jardins e zonas de recreio, num total de 17 equipamentos e usos distintos.

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