Dunas de São Jacinto voltam a servir de cenário a festival que vai além da música

Voos acrobáticos, actividades desportivas e concertos garantirão uma dose extra de animação, de sexta a domingo, à praia do município de Aveiro.

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Instalado numa reserva natura, o festival inclui acções de sensibilização ambiental Carla Carvalho Tomás

Aquela que é a única praia do município de Aveiro está prestes a viver mais uma edição do Festival Dunas de São Jacinto, um evento que não se esgota na vertente musical. Muito pelo contrário: o programa é extenso e vai desde as aulas de Yoga aos voos acrobáticos. Este fim-de-semana, de sexta-feira a domingo, todos os caminhos vão dar à praia especialmente acarinhada pelos amantes da natureza e dos desportos das ondas.

Para ajudar os “festivaleiros” a aceder a São Jacinto – freguesia que está separada do resto do município pela ria -, foi garantido um reforço das travessias de ferry-boat e um desconto de 50 por cento para quem se deslocar a pé ou de bicicleta para o festival. Já o acesso às actividades do festival é totalmente gratuito. “É um festival para as famílias, com iniciativas muito variadas, e que pretende dar palco a São Jacinto e aos seus elementos diferenciadores”, destaca Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro, entidade promotora do evento que já vai para a sua terceira edição. “Olhando para aquilo que foi o programa das primeiras edições, percebe-se bem que esta edição já eleva o festival para um patamar muito diferente”, nota o autarca – o orçamento desta edição ascende a 170 mil euros.

Uma das grandes novidades da edição deste ano do Festival Dunas de São Jacinto acontece no sábado e e volta a colocar os aviões a cruzar os céus de São Jacinto – a área militar instalada naquela freguesia já registou, no passado, grande movimento no seu aeródromo. O evento PRIO Air Show promete colocar uma dezena de aeronaves a sobrevoar os céus desta praia numa exibição de voos acrobáticos. Prometidas estão, também, actividades no mar (surf e bobyboard), no areal (andebol e voleibol de praia e frisbee) e na ria (stand up paddle, canoagem e vela).  

Num evento que junta natureza, música e desporto, não podiam faltar as actividades de educação ambiental, que abordarão questões relacionadas com a limpeza da praia. “Da Ria ao Mar… a velejar para o ambiente salvar!”, “Aprende e não esquece: O Planeta agradece!”, e “Pastilha, é no Pastilhão!”, são algumas das acções de sensibilização previstas no programa.

Concertos e outras performances

Como qualquer festival que se preze, o Dunas de São Jacinto 2019 também chega acompanhado de um cartaz de concertos. O destaque vai para Profjam, Wet Bed Gang e Fernando Daniel, que actuarão no chamado “Palco Marginal”, sempre pelas 22 horas. Para além deste palco principal, o festival terá um segundo palco, denominado Palco Dunas, localizado no areal e onde serão desenvolvidas várias actividades durante os três dias do evento.

Uma das performances que é aguardada com maior expectativa reside no Flyboards Show, em que quatro artistas internacionais farão acrobacias aéreas através do uso de flyboards, num sistema inovador que recorre às forças da água. “Será acompanhado por uma dinâmica única de laser e um espectáculo de música sincronizado”, promete a organização, a propósito da apresentação que irá repetir-se nas três noites do festival, pelas meia-noite, na baía de São Jacinto.

Uma praia que deve continuar a ser “diferente”

A praia de São Jacinto distingue-se das suas vizinhas mais próximas pelo facto de ainda escapar aos grandes afluxos turísticos e por estar integrada numa reserva natural. É “uma praia diferente” e assim deve continuar a ser no futuro, segundo garante o presidente da câmara de Aveiro, a propósito da estratégia definida para aquela praia.

Não obstante recentemente ter sido divulgado o desenho de um potencial empreendimento turístico para a frente ria de São Jacinto – projecto que não foi dado a conhecer à câmara, nem “formal, nem informalmente”, vinca -, Ribau Esteves assegura que a “estratégia” definida pelo seu executivo passa por “um desenvolvimento equilibrado”. Admitindo olhar com bons olhos para a hipótese de naqueles terrenos vir a ser edificada uma urbanização – tanto mais porque importa resolver o problema das ruínas dos antigos estaleiros -, o autarca assevera que o investimento terá de ser feito de acordo com “esses princípios” de equilíbrio.

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