PS é o partido que prevê gastar mais nas eleições regionais da Madeira

Socialistas têm orçamento de 370 mil euros. O PSD vem logo atrás, como No total, as candidaturas estimam gastar 1,5 milhões de euros na campanha regional.

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Paulo Cafôfo é o nome proposto pelos socialistas para a liderança do Governo Regional da Madeira Rui Gaudêncio

É com um orçamento de 370 mil euros que o PS e Paulo Cafôfo vão desafiar a longa maioria absoluta do PSD nas próximas eleições legislativas regionais da Madeira. No total, as 14 candidaturas estimam gastar 1,5 milhões de euros na campanha, de acordo com os orçamentos disponibilizados no site da Entidade das Contas.

Com o maior orçamento de campanha deste ano, os socialistas acrescentam mais 75 mil euros face ao previsto nas eleições regionais de 2015. Nessa altura, o PS apresentou-se com uma coligação da qual fazia parte o Pessoas-Animais-Natureza (PAN), o Movimento Partido da Terra (MPT) e o Partido dos Trabalhadores Portugueses (PTP). Desta vez, o PS concorre sozinho, com o cabeça de lista Paulo Cafôfo, que governou a Câmara do Funchal nos últimos anos.

Já o PSD diminui os seus gastos quase para metade: de 761 mil euros passa para 360 mil euros. Ainda assim o partido liderado pelo actual presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, apresenta o segundo maior orçamento de campanha destas eleições regionais.

O partido Aliança, liderado por Santana Lopes, tem um orçamento de 140 mil euros e concorre sozinho, depois de o Tribunal Constitucional ter recusado a coligação Unidos pela Madeira, com o MPT. A estimativa da Aliança, que concorre pela primeira vez às regionais da Madeira, é gastar mais do que o que o CDS se propõe investir, que são 100 mil euros.

Nas últimas regionais, os centristas foram a segunda força política mais votada e agora admitem vir a apoiar o PS, para evitar uma maioria de esquerda na Assembleia Legislativa Regional.

O valor previsto pelos centristas é mais baixo do que o apresentado em 2015 – 176 mil euros – e é agora mais próximo do divulgado pelo PCP, que concorre em coligação com o PEV. A CDU prevê, assim, gastar 110 mil euros, mais cerca de 30 mil euros do que o Juntos pelo Povo (JPP), que apresentou um orçamento de 81.500 euros. Mais magra é a previsão do BE, que estima gastar 62 mil euros na campanha cujo período oficial começa a 8 de Setembro e termina a 20. Tanto a CDU como o JPP, o BE e o Partido Nova Democracia elegeram deputados nas últimas regionais. Neste último caso, o PND, fundado por Manuel Monteiro, foi extinto depois das eleições na Madeira, tendo o seu deputado passado a ser independente.

Abaixo da fasquia dos 50 mil euros estão os orçamentos de sete candidaturas: o PTP, com 30 mil euros; o PAN, com 11 mil euros; o PCTP/MRPP e o Chega, com 10 mil euros cada; a Iniciativa Liberal, com 2 mil euros; o PURP (Partido Unido dos Reformados e Pensionistas), com mil euros; e o Partido Nacional Renovador, com 300 euros.

A poucas semanas do início da campanha, o bispo do Funchal, Nuno Brás, apelou aos candidatos às eleições da Madeira para que usem a campanha eleitoral como “tempo de civilização” e criticou os “ataques pessoais” e as “calúnias” entre políticos.

“Nos últimos tempos, mais que mostrar as suas propostas para a região e o país, as campanhas eleitorais têm, infelizmente, sublinhado os ataques pessoais, a desvalorização do outro candidato, por vezes até através de calúnias”, afirmou Nuno Brás, na homilia que proferiu na missa a Assunção de Nossa Senhora, na freguesia do Monte, Funchal.

No boletim de voto que será apresentado aos eleitores a 22 de Setembro constam 17 candidaturas: a primeira a aparecer é a do Partido Democrático Republicano (PDR) e a última é a do Rir, Reagir, Reciclar (RIR), cujos orçamentos não estavam disponibilizados no site da Entidade das Contas. Na ordem decidida por sorteio, realizado na passada terça-feira, no Funchal, ficaram colocados depois o Chega, o Partido Nacional Renovador (PNR) e o BE. Em seguida, surgiu o Partido Socialista (PS) e o partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN).

As forças políticas Aliança e o Partido da Terra- MPT ficaram um após o outro, ocupando, o sétimo e oitavo lugares no boletim de voto, depois da rejeição da coligação por parte do Tribunal Constitucional.

O sorteio colocou o PCTP/MRPP em nono lugar, o PSD ficou na décima posição, seguido da Iniciativa Liberal. O PTP é o 12.º, seguido do PURP,  do CDS e da CDU. O JPP é o penúltimo.

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