Revendedores querem extinção temporária da REPA para prioritários

“Urge que as empresas não aumentem o volume de danos sofridos” nesta crise energética, diz a Anarec.

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Governo diminuiu para metade o número de postos para prioritários da rede REPA Nuno Ferreira Santos

O presidente da Anarec defende a “extinção temporária” da REPA exclusiva para veículos prioritários, uma vez “a mensagem do ministro do Ambiente” é a de que os postos da REPA geral “chegam perfeitamente para suprir as necessidades de abastecimento dos veículos prioritários e equiparados”.

O Governo anunciou esta sexta-feira que os 52 postos da rede estratégica REPA que se destinam exclusivamente ao abastecimento de viaturas prioritárias, como as das forças de segurança ou as ambulâncias, vão ser reduzidos para metade, ou seja, para um total de 26 postos.

Contudo, para os revendedores, a medida é insuficiente para travar as perdas que as suas empresas têm registado deste o início do protesto, na segunda-feira.

“Urge que as empresas não aumentem o volume de danos sofridos com a greve”, disse ao PÚBLICO o presidente da Anarec, Francisco Albuquerque.

Afirmando que “a grande maioria” dos 52 postos designados para a rede de postos exclusiva para prioritários são associados da Anarec, Francisco Albuquerque explicou que estas empresas “continuam a fazer chegar diariamente” à associação o relato das “perdas acumuladas”.

Uma vez que “todos os sinais dados pelo Governo” indicam que a REPA geral supre totalmente as necessidades dos veículos prioritárias, a rede de postos exclusiva deve “ficar completamente inactiva até que se verifique que há necessidade da sua reactivação”, defende o presidente da Anarec.

Explicando que a associação ainda não teve resposta à carta enviada na quarta-feira ao gabinete de Matos Fernandes sobre a necessidade de compensar os empresários – como a lei prevê – pelos custos acrescidos com a obrigatoriedade de funcionamento ininterrupto dos postos da REPA prioritária (custos com o trabalho supletivo dos empregados ou com o recurso ao trabalho temporário), Francisco Albuquerque adiantou que essa não é a prioridade.

“O importante”, frisou, é estancar já os prejuízos das empresas.

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